Safadão e Thyane recusam acordo do MP após furarem fila da vacina
Casal e outras cinco pessoas foram indiciadas pelos crimes de peculato e infração de medida sanitária
atualizado
Compartilhar notícia
O cantor Wesley Safadão, sua mulher Thyane Dantas, e a assessora do músico, Sabrina Tavares, negaram um acordo ofertado pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) para que a investigação aberta contra eles por furarem a fila da vacina contra a Covid-19 fosse encerrada. Com isso, o processo deve seguir normalmente. Embora a legislação não impeça uma nova rodada de negociação sobre a pena, o órgão já pode oferecer denúncia contra o trio à Justiça.
O acordo de não persecução penal foi solicitado em 14 de outubro pela própria defesa do trio, mas a condição oferecida MPCE — de que os acusados pagassem um valor em dinheiro (ainda não especificado) a uma organização social — não foi aceita por eles.
Agora, a investigação criminal continuará sendo analisada pelo Grupo de Trabalho Covid-19 da entidade, formado por cinco promotores e um procurador de Justiça. Na prática, a investigação ainda não gerou um processo judicial, que pode torná-los réus.
Entenda
Segundo a investigação, o cantor teria recorrido ao amigo e ex-funcionário Marcelo da Silva, mais conhecido como Marcelo Tchela, para adiantar o recebimento do imunizante e poder fazer shows nos Estados Unidos e México. O cúmplice teria articulado a sua rede de contatos a fim de garantir que o artista, a mulher dele e a produtora recebessem a vacina da Janssen, amplamente aceita no exterior naquela época.
Imagens obtidas pela polícia, contudo, mostram que a o trio estava agendado para tomar a vacina no mesmo dia em outro posto, no Centro de Eventos do Ceará, no qual era aplicado o imunizante da AstraZeneca. “Uma vez estabelecida a conexão entre os envolvidos, Marcelo Tchela se dirigiu ao North Shopping Joquei juntamente com o trio a ser beneficiado pela vacinação irregular”, informou o despacho do Ministério Público.
No fim de setembro, a Polícia Civil do Ceará indiciou Safadão, a esposa e outras cinco pessoas pelos crimes de peculato e infração de medida sanitária. A produtora do cantor foi indiciada apenas pelo crime de crime de infração de medida sanitária. Segundo os investigadores, as penas somadas podem chegar a 13 anos de prisão.
Quer ficar por dentro do mundo dos famosos e receber as notícias direto no seu Telegram? Entre no canal do Metrópoles: https://t.me/metropolesfamosos.