Repórter vítima de transfobia abre mão da criminalização de Bruno
Lisa Gomes, vítima de transfobia cometida por Bruno, dupla de Marrone, alega que não tem interesse em processá-lo na área criminal
atualizado
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Lisa Gomes, repórter vítima de transfobia praticada pelo sertanejo Bruno, dupla de Marrone, enviou um documento à polícia abrindo mão da criminalização do cantor, e revelando que seu objetivo é processá-lo apenas na esfera cível, pedindo apenas uma reparação por danos morais. A jornalista afirma ainda que não quer participar das investigações que foram abertas pelo Ministério Público, que podem colocar o artista na prisão.
Segundo o colunista Gabriel Perline, do IG, a repórter orientou seus advogados apenas a dar andamento ao processo cível. Ainda segundo ele, Lisa tomou conhecimento pela imprensa de que o Ministério Público pediu abertura do inquérito policial contra Bruno, para investigar se ele praticou o crime de transfobia.
Lisa elaborou um ofício para que seus advogados entregassem ao DECRADI (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância), alegando que não tem interesse em processar Bruno na área criminal.
Relembre o Caso
No dia 12 de maio, Bruno foi entrevistado pela repórter trans Lisa Gomes, durante um evento. Minutos antes da entrevista, o cantor, de forma invasiva, questionou se ela tinha um pênis. “Você tem ‘pau’?”, perguntou.
Desconfortável com a pergunta, a jornalista ainda rebateu o cantor: “Como assim?”. O sertanejo enfatizou a pergunta transfóbica, sem se importar com o impacto que isso poderia causar: “P**oca”, disse.
Após o episódio, Bruno utilizou as redes sociais para se retratar. “Eu estou aqui para pedir desculpas para a Lisa Gomes, pelo que eu perguntei para ela. Fui totalmente infantil, fui totalmente inconsequente. Eu acho que não tem como voltar no tempo e quero pedir perdão para ela. Perdão, Lisa Gomes”, disse o cantor sertanejo.
