Repórter da Globo descobre câncer de mama depois de fazer matéria sobre o tema

No último 12 de outubro, quando alertava, em uma reportagem no Jornal Nacional, sobre a importância dos exames preventivos para o diagnóstico precoce de câncer de mama, a repórter Elaine Bast mal sabia que, ela mesma, faria parte das estatísticas que reproduzia no ar. No dia seguinte, a ex-correspondente do JN em Nova York recebeu o resultado de uma mamografia feita alguns dias antes: tinha nódulos malignos em uma das mamas.

Ao site Notícias da TV a repórter contou que acabou encontrando apoio em uma das mulheres que entrevistou para a reportagem. “Ela havia terminado a quimioterapia quando a encontrei. E foi uma das pessoas que me ajudaram muito psicologicamente nesse processo”, disse.

Elaine tirou toda a mama esquerda e, preventivamente, a direita também. Fez a reconstrução na mesma cirurgia e disse que teve “muita sorte” por ter descoberto a doença no início e por não ter precisado ver o próprio corpo mutilado depois da cirurgia. Ela planeja voltar à TV ainda este mês.

Tenho 42 anos, dois filhos pequenos, amamentei, não há histórico na minha família de câncer de mama. Não esperava passar por isso. Tive muita sorte em ter descoberto logo no início. Apesar de todos os avanços da medicina nessa área, a palavra ‘câncer’ dá sempre muito medo. Mas aprendi que ela não é uma sentença de morte.

Elaine Bast

A reportagem de Elaine sobre o câncer de mama está disponível aqui.