Renato Cariani é indiciado por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro
PF concluiu inquérito que investiga Renato Cariani e indiciou o influencer e outras duas pessoas por três crimes. Caso segue para o MPF
atualizado
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A Polícia Federal de São Paulo concluiu o inquérito contra o influencer fitness Renato Cariani. Após 10 meses de investigações, o youtuber e outras duas pessoas foram indiciadas por tráfico equiparado, associação para tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.
De acordo com o G1, a PF não pediu a prisão de Cariani e dos outros dois investigados e, portanto, todos respondem em liberdade.
Agora, o Ministério Público Federal (MPF) assume o caso, que pode ou não denunciar o trio pelos crimes. Caso seja feita a denúncia, a Justiça Federal decidirá se eles devem ser julgados pelas acusações.
Outros indiciados
Além de Cariani, a Polícia Federal também indiciou o empresário Fábio Spínola, amigo do influenciador fitness, e Roseli Dorth, sócia do youtuber na Anidrol Produtos para Laboratórios Ltda. , empresa para venda de produtos químicos em São Paulo.
O amigo do influencer já tinha sido preso este ano em outra operação por suposto envolvimento com a venda de entorpecentes.
Nesse processo, Spínola foi defendido por Eliseu Minichillo, o mesmo advogado de Pedro Luiz da Silva Soares, o Chacal, acusado de fazer parte da alta cúpula do Primeiro Comando da Capital (PCC).
Spínola deixou a cadeia semanas antes de os policiais apreenderem R$ 100 mil em dinheiro vivo em sua casa, em operação realizada no último dia 12.
Spínola também é apontado como o mantenedor de uma conta falsa de e-mail em nome da AstraZeneca que teria sido criada para forjar um contato entre a empresa de Cariani, a Anidrol, que fica em Diadema, e o laboratório e justificar transações de R$ 212 mil em dinheiro vivo que chamaram a atenção da Receita Federal. De acordo com a PF, ele seria o intermediador entre a indústria química e os traficantes de droga.
Desvio de dinheiro
Segundo as investigações, o esquema do qual o influencer faria parte desviou, em seis anos, uma quantidade de substâncias químicas capaz de produzir 15 toneladas de crack. Os produtos valeriam cerca R$ 6 milhões e, de acordo com o delegado Vitor Beppu Vivaldi, as cifras no mercado clandestino poderiam chegar a “valores estratosféricos”.
A PF suspeita que Spínola tenha atuado como um falso representante de multinacionais farmacêuticas para negociar com a Anidrol. Segundo a polícia, ele emitia notas fiscais em nome da empresa de Cariani para maquiar a compra de substâncias químicas usadas na produção de entorpecentes.