Quem foi J. Borges, mestre da xilogravura nordestina

O poeta, xilogravurista e cordelista J. Borges morreu nesta sexta-feira (26/7), aos 88 anos. Conhecido como mestre da arte popular brasileira, o veterano descobriu a literatura de cordel e, há 60 anos, virou escritor do gênero.

Natural de Bezerros, no agreste de Pernambuco, José Francisco Borges tem o título de Patrimônio Vivo Imaterial de Pernambuco, além de ter sido agraciado com a Ordem do Mérito Cultural do Brasil em 1999.

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J.Borges

Museu do Pontal/Divulgação

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O artista pernambucano J. Borges produz xilogravura e cordel

Arquivo Pessoal

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J. Borges talha suas xilogravuras direto na madeira

Arquivo Pessoal

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O artista não costuma fazer esboços ou rascunhos ao confeccionar suas obras

Arquivo Pessoal

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Divulgação

J. Borges publicou seu primeiro cordel em 1964 e chegou até a xilogravura para ilustrar seus versos. Desde então, ilustrou obras de escritores como José Saramago e Eduardo Galeano.

Antes de descobrir os cordéis, Borges chegou a trabalhar de carpinteiro, lavrador, marceneiro, vendedor de colher de pau, apontador de jogo do bicho e pedreiro, além de ter só frequentado a escola por um ano.

Ao longa da carreira, Borges produziu 314 folhetos de cordel e inúmeras xilogravuras expostas em museus renomados, como o Louvre e o Museu de Arte Moderna de Nova York.

A causa da morte de J. Borges e os detalhes sobre o velório e sepultamento ainda não foram divulgados por familiares.