Quem é Walter Salles, cineasta bilionário que dirigiu Ainda Estou Aqui
Walter Salles caiu nas graças do público após Fernanda Torres levar o prêmio de Melhor Atriz no Globo de Ouro pelo filme Ainda Estou Aqui
atualizado
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Fernanda Torres não foi o único nome a brilhar após conquistar o Globo de Ouro de Melhor Atriz em Drama por Ainda Estou Aqui. Walter Salles, diretor do filme inspirado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, também recebeu elogios e conquistou o coração do público.
Aos 68 anos, Walter Salles é um dos cineastas mais prestigiados do cinema nacional, com uma filmografia que inclui clássicos como Central do Brasil (1998), Abril Despedaçado (2001) e Diários de Motocicleta (2004).
Nascido no Rio de Janeiro, Salles é filho do embaixador e banqueiro Walther Moreira Salles e da embaixatriz Elisa Margarida Gonçalves Moreira Salles. A família, formada ainda pelos irmãos João, Fernando e Pedro, é fundadora do Unibanco.
Em 2008, o Unibanco passou por uma fusão com o Itaú, transformando-se em Itaú Unibanco. Os irmãos ainda herdaram ações na Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), líder mundial na produção e no fornecimento de produtos de nióbio.
Atualmente, a fortuna de Walter Salles é avaliada em US$ 4,2 bilhões (cerca de R$ 25,6 bilhões). Ele é o terceiro diretor de cinema mais rico do mundo, perdendo apenas para George Lucas e Steven Spielberg.
Filmes famosos de Walter Salles
Considerado um dos maiores diretores do cinema brasileiro, Walter Salles começou sua carreira com os documentários Krajcberg, o Poeta dos Vestígios (1986) e Socorro Nobre (1995), ambos premiados internacionalmente, incluindo o Fipa d’Or de Melhor Documentário, na França, e o Prêmio do Público no Festival dei Popoli, na Itália.
Seu principal sucesso veio em 1998, com Central do Brasil. O filme estrelado por Fernanda Montenegro recebeu mais de cinquenta prêmios, incluindo o Urso de Ouro de Melhor Filme e o Urso de Prata de Melhor Atriz no Festival de Berlim, além do BAFTA e do Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro. A produção também foi indicada ao Oscar nas categorias de Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Atriz, mas não levou a estatueta.
Outros trabalhos marcantes de Salles incluem Abril Despedaçado (2001), inspirado no romance homônimo de Ismail Kadaré, que também foi indicado ao Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro; Diários de Motocicleta (2004), que venceu o Oscar de Melhor Canção Original e se tornou um sucesso mundial; Linha de Passe (2008), que rendeu o prêmio de Melhor Atriz a Sandra Corveloni no Festival de Cannes; e Terra Estrangeira (1995), um retrato sensível do Brasil pós-Plano Collor.
Em 2003, Walter Salles foi eleito um dos 40 Melhores Diretores do Mundo pelo jornal britânico The Guardian, consolidando seu lugar na história do cinema internacional.