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Quem é Tertuliana Lustosa, cantora que fez dança erótica na UFMA

Vídeo de Tertuliana Lustosa protagonizando uma performance erótica durante palestra na UFMA gerou polêmica nas redes sociais

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1 de 1 Imagem colorida de Tertuliana Lustosa - Foto: Reprodução/ Instagram

Um vídeo da historiadora e cantora Tertuliana Lustosa (foto em destaque) protagonizando uma performando erótica durante palestra na Universidade Federal do Maranhão (UFMA) tomou as redes sociais. As imagens divulgadas pela coluna de Paulo Cappelli, do Metrópoles, nessa quinta-feira (17/10), causaram polêmica e acenderam debates sobre o assunto.

Tertuliana é vocalista da banda de pagode A Travestis, além de mestranda na Universidade Federal da Bahia (UFBA). Ela também é historiadora pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Mulher trans, é autora do livro Manifesto Traveco-Terrorista.

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Nascida no interior do Piauí e criada em Salvador, na Bahia, Tertuliana começou a carreira musical de maneira despretensiosa. Ela cantava paródias de hits para atrair o público enquanto trabalhava como camelô. Murro na Costela do Viado, Sadomasoquista e Errexota são algumas das músicas do grupo A Travestis.

Ela chegou a 39 mil seguidores no Instagram, onde se pronunciou sobre o ocorrido: “Convido vocês a conhecer a minha pesquisa: Educando com o C* e entender que a universidade é, sim, lugar de múltiplas formas de conhecimento, inclusive do proibidão. Obrigada pelo convite, Gaep-UFMA”.

Na iniciativa Educando com o C*, Tertuliana defende a ideia de usar o corpo como material de ensino e aprendizado.

Vídeo polêmico

No vídeo polêmico, é possível vê-la subindo em uma cadeira, levantando o vestido e expondo suas partes íntimas. “Educando com o c*”, diz a influenciadora no fim da apresentação.

Durante a dança, Tertuliana Lustosa canta: “No mestrado da putaria, vou te ensinar gostoso, dando aula na sua pic*. Aqui não tem nota, nem recuperação, não tem sofrimento e se aprende com tesão. De quatro, empino o c*. Educando com o c*”.

Assista:

A palestra ocorreu durante o I Encontro de Gênero do Grupo de Pesquisa Epistemologia da Antropologia, Etnologia e Política (Gaep) da UFMA. Segundo os organizadores, o evento tem como intuito “reunir representantes de diversas vertentes acadêmicas e que pensam, discutem e tensionam o gênero e as suas interseccionalidades a partir do Sul global”.

O objetivo é “fortalecer as trocas acadêmicas e a diversidade de experiências de vida que refletem as leituras e a atuação de pesquisadores do grupo”.

Em nota, a universidade federal diz que “tomará as providências cabíveis” e que “respeita o ambiente acadêmico inclusivo”.

Veja a nota:

Nesta quarta-feira, 17, a historiadora Tertuliana Lustosa, na condição de palestrante convidada pelo Grupo de Pesquisa Epistemologia da Antropologia, Etnologia e Política – GAEP, apresentou a sua pesquisa durante a Mesa Redonda “Dissidências de gênero e sexualidades”, onde reproduziu e performou uma de suas canções, considerada inapropriada para o momento e a construção do debate acadêmico-científico em que se encontrava.

Como sabido, a Universidade é um espaço plural e de diálogos, dedicado ao conhecimento, à diversidade de ideias e ao respeito mútuo. Por isso, entendemos que a liberdade de expressão é um pilar fundamental da academia, mas também ressaltamos a importância de se manter um ambiente harmônico e respeitoso para todos os membros da nossa comunidade.

Por ser um lugar de múltiplas formas de conhecimento, os cursos, de graduação e de pós-graduação, possuem autonomia para discutir os variados temas que permeiam a nossa sociedade e que se apresentam a partir de diversas teorias científicas. Ressalta-se, contudo, que a UFMA não compactua com quaisquer tipos de ações que possam desrespeitar os valores e princípios basilares da instituição.

Neste sentido, a UFMA informa que está averiguando o ocorrido e tomará as providências cabíveis, após o comprometimento de ouvir todas as vozes, reafirmando seu compromisso com um ambiente acadêmico inclusivo, respeitoso e transparente.

Reafirma-se, por fim, que todos os esforços da Universidade buscam a melhoria de uma sociedade mais justa, inclusiva e comprometida com a pluralidade de vozes e saberes em defesa do ensino público, gratuito e de qualidade.

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