Quem é Aymeê Rocha, cantora que denunciou exploração sexual em Marajó
Apresentação de Aymeê Rocha em reality gospel levou até mesmo o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, a se manifestar
atualizado
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A cantora paraense Aymeê Rocha ganhou projeção na internet nesta semana, após apresentar, em um reality show de música gospel, uma canção autoral em que denuncia a exploração sexual de crianças na Ilha de Marajó, no Pará.
Apesar de se tratar de um assunto sério, a apresentação trouxe à tona falas polêmicas da senadora Damares Alves (Republicanos) sobre o assunto e fez informações falsas se multiplicarem nas redes sociais, como imagens descontextualizados de violência a menores, registradas em outros lugares.
Diante da repercussão da denúncia, o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, se manifestou nas redes sociais.
Paralelamente, famosos como Juliette, Eliezer, Rafa Kalimann e Thayla Ayala também fizeram vídeos sobre o tema, pressionando as autoridades a apurarem as denúncias.
“Marajó é muito turístico, e as famílias lá são muito carentes. As criancinhas de 6 e 7 anos saem numa canoa e se prostituem no barco por R$ 5”, disse Aymeê, ao explicar sua performance aos jurados.
Quem é Aymeê Rocha
Aymeê tem 28 anos, é evangélica e mora em Redenção, no sul do Pará. Evangélica, ela tem conquistado seguidores ao misturar música gospel inspirada com ritmos da MPB, pop, soul, indie e samba. Nas redes sociais, onde soma mais de 1 milhão de seguidores, Aymeê compartilha textos, fotos e trechos de suas 200 composições.
Nessa quinta-feira (22/2), ela pode vencer o Dom Reality, reality que participa desde novembro do ano passado. O programa exibe sua final a partir das 20h, no canal da Unicesumar pelo YouTube.
O que disse o ministro dos Direitos Humanos
Em meio a repercussão da apresentação de Aymeê, Silvio Almeida compartilhou uma série de tuítes do Observatório Marajó sobre a situação. Nas publicações, a entidade destaca que “redes criminosas de exploração sexual de crianças e adolescentes e de tráfico internacional de pessoas, órgãos, animais, madeira, biotecnologia/pirataria e substâncias ilícitas operam no Marajó, na Amazônia e em todas as regiões do país”.
“Essas redes que atuam em todo o país agem se disfarçando e ocupando instituições e cargos públicos, redes sociais, igrejas, veículos de comunicação e outros espaços onde possam manipular a atenção das pessoas enquanto continuam agindo e operando seus crimes”, diz o texto compartilhado pelo ministro.
Segundo o observatório, “a propaganda que associa o Marajó à exploração e o abuso sexual não é verdadeira: a população marajoara não normaliza violências contra crianças e adolescentes. Insiste nessa narrativa quem quer propagá-la e desonrar o povo marajoara”. Veja aqui.