Preta Gil conta que já perdeu um apartamento por compras compulsivas
Hoje, a cantora está recuperada e promove um bazar anual com peças de luxo a preços populares
atualizado
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Em entrevista ao Jornal Extra, Preta Gil sobre o auge de uma compulsão por comida e compras vivido há 20 anos. A cantora se endividou comprando peças de luxo idênticas e teve até que vender o próprio apartamento para conseguir pagar as dívidas. Na época, Preta lutava contra compulsão alimentar e chegou a pesar mais de 100kg. “Eram as duas válvulas de escape para a minha tristeza. Tive que me tratar e me sacrificar”, disse.
“Estou 100% curada. Não compro mais nada por impulso. Quando eu era compulsiva, aquilo foi virando uma bola de neve, adquiria dívidas e mais dívidas. Fiquei devendo muito no cartão de crédito. Lembro até hoje do meu pai me dizendo: ‘Você tem um apartamento, então venda. Eu não vou te ajudar, você deixou isso acontecer'”, disse.
Foi aí que Preta decidiu procurar ajuda. Começou a fazer terapia e tratamento com um médico e conseguiu readquirir o imóvel perdido. Ainda assim, acabou tendo uma recaída: comprou três bolsas de grife, todas muito caras. Quando chegou em casa, a mãe, Sandra, e Ivete Sangalo estavam lá e colocaram cada acessório em um lugar. “Se o dinheiro não tivesse ‘virado’ bolsas, seu apartamento estaria mobiliado”, disseram.“Eu tinha dinheiro, estava me tratando, e minha prioridade não deveria ser comprar três bolsas. Meu problema nem era peça cara, era a quantidade. Uma bolsa de R$ 15/20 mil, quem pode, compra uma vez por ano; não duas, três. Não tem necessidade. Me dava uma excitação na hora, mas logo vinha um vazio absurdo. Hoje, eu penso muito antes de comprar algo de valor”, explica.
Curada, a cantora promove desde 2007 um brechó anual no Rio de Janeiro, no qual vende peças de luxo a preços populares. São cerca de três mil itens doados por Preta, marcas parceiras e amigos famosos – como Isis Valverde, Carolina Dieckmann, Sabrina Sato, Fernanda Souza, Angélica e Taís Araújo. Neste ano, o valor arrecadado irá para o Natal Melhor, do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, e para a Casa do Amor, um asilo de idosas ex-moradoras de rua, em Recife.