Polícia investiga suposto sumiço de brasileira em caso Kate A Luz
Suposto desaparecimento de Letícia Maia, de 21 anos, está sendo apurado pela Delegacia de Polícia Civil em Perdões, onde a família dela mora
atualizado
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A Polícia Civil de Minas Gerais está investigando o suposto sumiço de Letícia Maia Alvarenga, de 21 anos, após a família dela, que mora em Perdões, denunciar o caso. A história ganhou repercussão nas redes sociais nos últimos dias, após uma página criada por amigos da jovem levantarem suspeitas de que ela poderia ser vítima de uma seita, rede de prostituição ou tráfico humano.
Segundo post publicado no Instagram do pai dela, Cleider Castro Alvarenga, a jovem está desaparecida desde abril deste ano, depois de aceitar trabalhar com a influenciadora brasileira Katiuscia Torres, conhecida como Kate A Luz, no Texas, nos Estados Unidos, como coach espiritual. Contudo, fotos da jovem foram encontradas em um site de prostituição, atividade que é ilegal no país norte-americano.
“Ela estava em Leander TX. Por favor, estamos desesperados, não temos contato com ela desde 04/2022, se alguém tiver alguma notícia nos avise, peço também que compartilhem com outros grupos e pessoas que possam nos ajudar”, pediu Cleider nas redes sociais.
Amigos de Desirrê Freitas, outra brasileira que se mudou para os Estados Unidos para trabalhar com Kate, também denunciaram o desaparecimento dela em uma página no Instagram. Após a pressão de internautas, Kate se pronunciou na sexta-feira (14/10), afirmando que Desirrê e Letícia estão bem, mas não querem falar com suas famílias, que seriam abusivas.
Caso Kate A Luz: brasileiras desaparecem nos EUA e famílias suspeitam de tráfico humano
Versão de Letícia
As duas garotas gravaram vídeos confirmando o que Katiuscia disse. Letícia também apareceu em uma live com a guru, o que não foi suficiente para convencer as pessoas envolvidas nas buscas.
“Não queria estar expondo isso, falando do meu passado. Mas chegou em um ponto que já chega”, disse ela. “Eu quero expor que quando eu era criança eu já fui abusada pelo meu pai. Minha mãe sempre ia para a roça e eu ficava com meu pai. Então era nesse tempo que tudo acontecia. Ele abusava de mim, abusava sexualmente e eu falava para minha mãe, ela chegava em casa e eu falava o que aconteceu e ela agia como se nada tivesse acontecido e deixava para lá”, argumentou Letícia em um vídeo.
Os abusos, segundo a jovem, ocorreram até os 15 anos. A relação com a influenciadora teria começado a partir das violações. “Comecei a fazer consulta com a Kat e ela foi a única pessoa que contei essa história e ela me falou que eu deveria ir para os Estados Unidos para fazer au pair lá”, acrescentou.
Em nota publicada neste domingo (16/10) na página Searching Desirrê, criada para reunir informações sobre o paradeiro da jovem, familiares e amigos dizem que estão preocupados com a integridade física das jovens e que o comportamento delas nos vídeos é anormal. Outro motivo para a desconfiança é o fato de as brasileiras terem afirmado, no início da polêmica, que estavam na Alemanha. Contudo, não há registro de saída delas dos Estados Unidos.
Em nota, a Polícia Civil de Minas Gerais afirmou que “há registro de desaparecimento da jovem, de 21 anos, cujos fatos relatados na ocorrência estão sendo apurados pela Delegacia de Polícia Civil em Perdões. O Metrópoles também tentou contato com familiares de Letícia e Desirrê, além da Polícia Federal e do Ministério das Relações Exteriores, mas não obteve retorno até a publicação da reportagem. O espaço segue aberto.