Pela primeira vez, Ópera de Paris contrata uma bailarina brasileira
Aos 18 anos, Luciana Sagioro é a primeira bailarina brasileira na Ópera de Paris. Ela assinou contrato vitalício
atualizado
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A mineira Luciana Sagioro chegou onde nenhuma outra bailarina brasileira chegou: na Ópera de Paris. Além de ser a primeira de nossa nacionalidade, a profissional ainda assinou contrato vitalício com a companhia. Atualmente, ela apresenta o espetáculo Mayerling, no Palácio Garnier.
A jovem nasceu em Juiz de Fora (MG) e começou a dançar quando ainda tinha 3 anos de idade e descobriu cedo que queria seguir no balé. Aos nove anos, ela fez uma aula experimental na Petite Danse, no Rio de Janeiro, encantou as professoras, mas acabou não ficando. Pouco tempo depois, sua família recebeu uma ligação da escola a convidando para outra segunda avaliação.
Como conta às pessoas do local, em um vídeo publicado no perfil da Petite Danse, a mãe da jovem explicou que ela gostaria de continuar no Rio de Janeiro, mais perto de Joinville (SC), local em que Luciana se apresentou algumas vezes e onde venceu prêmios.
Com bolsa de estudos, ela passou a frequentar o local três vezes por semana e, depois do primeiro ano, se mudou para o Rio de Janeiro com a babá. Com o sonho de se tornar bailarina, ela ingressou no curso de formação profissional e logo chamou a atenção dos professores e também na internet.
A jovem não demorou muito para participar de festivais regionais e internacionais. Fora do país, em Nova York, nos Estados Unidos, ela participou do YAGP 2018 e ficou entre as 12 melhores do mundo, apesar de ainda ter 12 anos de idade, dentre cerca de 107 meninas.
Mesmo com a posição, ela ficou chateada e ficou em dúvida se estava no caminho certo. Entretanto, ela não desistiu de seguir carreira no que mais gostava de fazer. Em 2021, a escola mandou um vídeo de Luciana para o Prix de Lausanne, na Suíça, as Olimpíadas do balé clássico, e ela foi uma das 70 escolhidas para representar o Brasil no certame. A profissional foi com tudo pago para o local.
Na competição, a brasileira se mostrou determinada e o resultado foi surpreendente. Terceiro lugar e eleita a melhor bailarina, por performance artística, pelo público da competição.
O evento abriu as portas para que Luciana pudesse ganhar o mundo. Mesmo que nenhuma outra brasileira tivesse dançado na Ópera de Paris, essa foi a primeira opção dela. Da Suíça, ela já voltou com uma bolsa para ir à Cidade da Luz. O contrato vitalício garante com que ela fique na companhia até os 42 anos, idade em que a classe costuma se aposentar na França.