Padre Marcelo Rossi é condenado na Justiça sob acusação de plágio
Religioso está proibido de vender o livro Ágape. O processo foi movido pela escritora Izaura Garcia
atualizado
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O padre Marcello Rossi está proibido de vender qualquer exemplar do livro Ágape, escrito por ele e publicado pela editora Globo Livros em 2010. Por decisão da Justiça, o religioso, condenado por plágio, levará punição caso não cumpra a decisão: deverá pagar duas vezes o valor de cada obra vendida. As informações são do jornalista Alessandro Lo-Bianco, do programa A Tarde É Sua.
O decreto judicial só ocorreu após a escritora Izaura Garcia mover um processo contra Rossi, declarando que o padre usou texto dela no livro Ágape. “Muitas pessoas estão pensando que autorizei [a inserção dos textos] e depois descumpri. Não é nada disso”, explicou após a repercussão do caso ao programa de Sonia Abrão na RedeTV!.
“Eu saí pra comprar esse livro e, quando comecei a ler, me deparei com meu texto”, disse ainda. “Entrei em contato [com a editora] e chegamos a um acordo que, posteriormente, seria corrigido. Infelizmente, não foi isso que aconteceu. Não quebrei o contrato e não estou atrás de mais dinheiro. Apenas estou cobrando aquilo que é meu por direito”.
Entenda
Izaura Garcia foi a responsável por uma página e meia da obra, que escreveu em 1983. Segundo Lo-Bianco, ela aceitou um acordo com a editora Globo e o religioso para ceder os direitos de sua escrita por R$ 25 mil. Agora, a escritora afirma que não foi “remunerada apropriadamente”, e pede mais dinheiro, além de querer lucrar pelas novas versões do livro, que não lhe dão os devidos créditos sobre autoria do texto, segundo ela. Ao iniciar o processo judicial, ela pediu R$50 milhões, 20% do lucro obtido pela venda do bestseller.