Netinho pede intervenção militar e Bolsonaro no poder: “Vamos às ruas”
Após a vitória de Lula, o cantor fez diversos posts em apoio a Jair Bolsonaro e com “piadas” sobre o governo petista
atualizado
Compartilhar notícia
Apoiador declarado de Jair Bolsonaro (PL), o cantor Netinho fez diversos posts contra o resultado do segundo turno das eleições, que elegeu Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como novo presidente do Brasil. No mais recente deles, ele pede uma intervenção militar para manter o atual mandatário no poder.
“Urgente: queremos intervenção militar com Bolsonaro no poder. Vamos para as ruas. Resistência civil em frente a quartéis, com caminhoneiros em todo lugar. A mídia está escondendo. Não vamos entregar o Brasil a corruptos ladrões”, escreveu na legenda de um vídeo no Instagram.
Nas imagens compartilhadas do TikTok, um homem fala sobre o Artigo 142 da Constituição e alega que ele pode ser acionado quando existir conflitos entre os poderes no cumprimento da lei. Embora apoiadores de Jair Bolsonaro usem o artigo para pedir intervenção militar, ele não autoriza a prática.
Como explicado ao Metrópoles pelo professor de Direito Constitucional do Ceub, Alessandro Costa, a legislação determina que as forças de segurança estão sob autoridade do Estado e é permitido que ele acione o poder, em caso de guerra com outros países, ou em casos como auxílio a grandes eventos, como na Copa do Mundo.
Entre as diversas mensagens que Netinho tem compartilhado um encontro entre ele e Bolsonaro em 2018, ano em que ele foi eleito presidente. “Eu não digo que sempre cantei coisas lindas? Orgulho gigante de ser amigo dessa pessoa incrível”, escreveu o cantor, que visitou o político na casa dele na época.
Críticas e homofobia
O cantor também postou um vídeo em que dois homens aparecem se beijando deitados no topo de uma escadaria e afirmou que esse é “o Brasil do pessoal do Lula”. O homem que registra as imagens está no meio das celebrações da vitória petista, mas faz críticas ao comportamento.
Nas imagens é possível ver que ele parece estar ao lado de um agente da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, que entra duas vezes na frente da câmera durante a filmagem. “Caralh*, é escrot*, na moral, Papai do Céu, que esse mundo melhore”, diz o cinegrafista amador.
Seguidores do artista também fizeram comentários com críticas ao comportamento. “Absurdo, Não é isso que eu quero para os meus filhos”, escreveu uma. Outra disse: “Parabéns a todos os responsáveis! Principalmente pelo legado que estão querendo deixar as futuras gerações”.
Em meio ao apoio de quem compactua com as ideias dele, Netinho também recebeu críticas e foi acusado de homofobia. “Homofobia é crime, vai brincando que já já o processo vem”, observou uma pessoa.