Miss Bumbum caminhoneira diz que foi demitida por assumir lado sexy
Além da discriminação nas empresas e dos olhares maldosos, Juli alega enfrentar críticas nas estradas e nas redes sociais
atualizado
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Candidata ao Miss Bumbum 2022, Juli Figueiró passou a lidar com o assédio e a pressão em algumas empresas onde presta serviço como caminhoneira. Ela alega que foi demitida por uma transportadora após ter assumido o lado sexy.
“Já rolava uma pressão por roupas justas. Eu usava calça legging, por exemplo, para dirigir mais confortável, mas o pessoal da empresa sempre me advertia. Eles pediam para trocar de roupa para entrar na empresa e carregar o caminhão. Pegavam no meu pé até com calça jeans, só porque meu bumbum é grande”, alegou.
“Sofria essa pressão todos os dias, mas acabava lidando porque tinha que trabalhar. O Miss Bumbum foi a gota d’água, me desligaram por isso”.
Juli Figueiró
Além da discriminação nas empresas e dos olhares maldosos, Juli alega enfrentar críticas nas estradas e nas redes sociais. Em pontos de parada, como postos de combustíveis, ela diz que já foi abordada e ridicularizada por outras mulheres e na web, revela que é bombardeada por comentários machistas.
“As pessoas se incomodam com o meu jeito de vestir. Mulheres já me abordaram na estrada para falar que não tenho vergonha na cara, que quero me exibir para os homens e que estou no caminhão só para mostrar meu bumbum. Me chamavam de ridícula. Hoje não ligo, mas já cheguei a pensar em desistir de ser caminhoneira. É uma pressão muito grande, uma humilhação mesmo”, diz.
Longe da empresa que trabalhava e das pressões, Juli agora quer focar ainda mais na competição pelo bumbum mais bonito do Brasil. Ela é a terceira mais votada, garantindo assim sua vaga no desfile final. “Entrei para ganhar e vou surpreender os jurados na final”, promete.
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