Matteus assinou autodeclaração ao entrar em faculdade por cota racial
Matteus Amaral entrou em uma faculdade por meio de cotas raciais, após se autodeclarar uma pessoa preta. Caso é investigado
atualizado
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Matteus Amaral, mais conhecido como Alegrete, segue no centro de polêmicas em torno do uso indevido de cotas raciais para ingressar em uma faculdade em 2014. O caso ganhou uma nova reviravolta após a universidade em questão confirmar que o ex-BBB assinou a autodeclaração de pessoa preta.
Em nota enviada ao portal Extra, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha (IFFar) esclareceu que o candidato precisaria preencher e assinar uma autodeclaração étnico-racial.
“Como pode ser constatado no edital e no Manual do Candidato daquele ano, a inscrição naquela cota exigia uma ‘autodeclaração étnico-racial, preenchida e assinada, de que é preto, pardo ou indígena”, alegou o instituto.
A declaração da universidade vai contra o posicionamento de Matteus sobre o uso de cota racial para ingressar na faculdade. O ex-BBB apontou que uma terceira pessoa teria sido a responsável por fazer sua inscrição no centro de assino, declarando-o como pessoa preta sem o seu consentimento.
“A inscrição foi realizada por um terceiro, que cometeu um erro ao selecionar a modalidade de cota racial sem meu consentimento ou conhecimento prévio”, alegou Matteus em nota publicada nos stories do Instagram.
Investigação contra Matteus
O IFFar abriu um processo administrativo interno contra o ex-BBB. Ele ingressou no curso de bacharelado em Engenharia Agrícola em 2014 no IFFar, ocupando uma das vagas destinadas a candidatos pretos e pardos.
Naquele período, o único documento exigido para a inscrição de candidatos em vagas reservadas a pessoas negras e indígenas era a autodeclaração.
Segundo o IFFar, ainda não havia “denúncia sobre o ingresso de Matteus Amaral Vargas”. Mas, após o caso viralizar nas redes sociais, o Instituto abriu processo administrativo interno. De 2020 a 2022, a instituição recebeu 35 denúncias de suspeitas de fraude na autodeclaração de candidatos e 21 autodeclarações foram indeferidas, acarretando as sanções legais cabíveis aos inscritos.