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Mãe de Priscila Belfort dá depoimento emocionante sobre a filha

O desaparecimento de Priscila Belfort completou 20 anos em 2024 e segue sem um desfecho. Jovita Belfort se emocionou no documentário

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Montagem com fotos coloridas de Jovita e Priscila Belfort - Metrópoles
1 de 1 Montagem com fotos coloridas de Jovita e Priscila Belfort - Metrópoles - Foto: Divulgação

Jovita Belfort, mãe de Priscila Belfort, se emocionou ao comentar o documentário Volta, Priscila, da Disney+. A produção joga luz sobre a história que, mesmo 20 anos depois, segue sem desfecho. Para a matriarca, o documentário narra a a história de aproximadamente 80 mil famílias de pessoas que desaparecem no Brasil todos os anos.

“O sentimento no início é geral, é quando você começa a perceber que seu ente querido está fora daquele contexto. Foi quando eu comecei a ver que a Priscila não voltou do almoço, ela sempre ligava e naquele dia, não. O namorado dela ligou perguntando por ela, e eu comecei a sentir que aquilo tudo estava fora de contexto. Aí começa a angústia”, declarou, em entrevista ao programa Terra Agora, do Terra.

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Priscila Belfort, irmã de Victor Belfort
Joana Prado, Vitor Belfort e Priscila Belfort
Vitor Belfort com a irmã, Priscila Belfort
Victor Belfort e a irmã, Priscila Belfort
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Priscila Belfort

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Priscila Belfort, irmã de Victor Belfort

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Joana Prado, Vitor Belfort e Priscila Belfort

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Vitor Belfort com a irmã, Priscila Belfort

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Victor Belfort e a irmã, Priscila Belfort

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Atualmente, Jovita é superintendente de Pessoas Desaparecidas e Documentação da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos do Rio de Janeiro. “Quando vira o outro dia, e você vê que nada aconteceu, que sua filha está realmente desaparecida, dá vontade de gritar para o mundo ‘Onde está minha filha?’, e nisso já se vão 20 anos me fazendo a mesma pergunta sem resposta”, disse.

Para Jovita, o caso de sua filha mostra as complexidades das investigações sobre desaparecimento. “Em 2019, você tem uma lei que tipifica o que é um desaparecido e fala, pela primeira vez, que não se pode arquivar um caso até haver uma resposta, mas chega uma hora em que não tem mais novidade, o caso fica encostado e é praticamente abandonado”, pontuou.

A mulher ainda comentou sobre o impacto de ter uma pessoa desaparecida na família. “Desestruturação, tem mães que perdem o emprego, o empregador acha que ela vai sair a qualquer hora, as mães perdem a saúde. Eu mesma perdi a minha saúde. O Volta, Priscila é muito mais que o caso da Priscila Belfort, é que uma família sofre quando tem uma pessoa desaparecida”, comentou.

Jovita explicou que ainda espera respostas para o caso de Priscila. “O caso foi aberto, eu espero que os jornalistas realmente instiguem, perguntem, eu não quero esperar mais 20 anos, nem vou estar viva, mas tem um ano que o caso foi reaberto, e eu realmente espero que venha alguma coisa”, relatou.

Por fim, ela explicou que cada segundo é importante quando uma pessoa está desaparecida. “Hoje, a gente sabe que não tem que esperar as 24 horas, quanto mais cedo você perceber que seu ente querido está desaparecido e for à polícia fazer um B.O., melhor, porque é nas primeiras horas que você tem mais chances de encontrar aquele seu parente”, encerrou.

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