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Linn da Quebrada se pronuncia após ataques transfóbicos de Nego Di

Durante um show de stand-up, o ex-BBB chamou a artista de “traveco machorra”, além de comentar sobre os órgãos genitais da cantora

atualizado

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Nego Di e Linn da Quebrada
1 de 1 Nego Di e Linn da Quebrada - Foto: null

A ex-BBB e cantora Linn da Quebrada se pronunciou, nessa segunda-feira (2/5), sobre os ataques transfóbicos que recebeu por parte do humorista Nego Di. O também ex-BBB chamou a artista de “traveco machorra” durante um show de stand-up.

Em seu Twitter, a cantora afirmou que as atitudes de Nego Di parecem “meticulosamente pensado pra deslegitimar tudo que temos construído há muito tempo. Pra nos distanciar ainda mais da nossa humanidade”.

Mais tarde, ela voltou a comentar sobre o assunto com um longo texto em seu Instagram. Neste caso, Linn da Quebrada desabafou sobre os ataques. Veja o texto completo:

 

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Linn foi criada pela tia até os 12 anos e cresceu dentro da religião Testemunhas de Jeová. Quando começou a entender mais sobre sua sexualidade, no entanto, foi expulsa da congregação
Depois de todo o preconceito e das dificuldades que enfrentou ao se identificar como travesti, descobriu na música e na atuação a forma de se expressar
Em 2014, aos 23 anos, foi diagnosticada com câncer nos testículos. Precisou fazer quimioterapia por vários anos, perdeu os cabelos e mudou a forma como pensava em relação ao mundo
Ainda enquanto lutava contra a enfermidade, Linn lançou suas primeiras músicas autorais. Foi ovacionada pelo público e embarcou em turnê nacional
Pouco antes de vencer a luta contra o câncer, estreou nos cinemas o filme documentário Meu Corpo é Político. Tempos depois, já curada da doença, protagonizou o longa  Bixa Travesty. Desde então, a carreira de Linn continuou em ascensão
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A cantora deixou a casa mais vigiada do Brasil no 12º Paredão. Após ser indicada pelo ator Douglas Silva, Lina teve 77% dos votos na disputa contra Eliezer e Gustavo

Reprodução/ Instagram
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Linn foi criada pela tia até os 12 anos e cresceu dentro da religião Testemunhas de Jeová. Quando começou a entender mais sobre sua sexualidade, no entanto, foi expulsa da congregação

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Depois de todo o preconceito e das dificuldades que enfrentou ao se identificar como travesti, descobriu na música e na atuação a forma de se expressar

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Em 2014, aos 23 anos, foi diagnosticada com câncer nos testículos. Precisou fazer quimioterapia por vários anos, perdeu os cabelos e mudou a forma como pensava em relação ao mundo

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Ainda enquanto lutava contra a enfermidade, Linn lançou suas primeiras músicas autorais. Foi ovacionada pelo público e embarcou em turnê nacional

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Pouco antes de vencer a luta contra o câncer, estreou nos cinemas o filme documentário Meu Corpo é Político. Tempos depois, já curada da doença, protagonizou o longa Bixa Travesty. Desde então, a carreira de Linn continuou em ascensão

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A atriz atuou em série na TV Globo, recebeu prêmios e é apresentadora do programa TransMissão, que discute pautas de gênero, raça e sexo

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Em janeiro de 2022, a cantora dividiu nas redes sociais outra conquista: a inclusão do nome Lina Pereira dos Santos em sua documentação

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Com mais de 2 milhão de seguidores nas redes sociais, Linn foi umas das participantes convidadas da 22ª edição do reality show Big Brother Brasil. A passagem de Lina pelo programa, no entanto, reacendeu debate sobre transfobia nas redes. Isso porque em apenas cinco dias, Linn foi vítima de comentários preconceituosos e transfobia dentro da casa

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A cantora deixou a casa mais vigiada do Brasil no 12º Paredão. Após ser indicada pelo ator Douglas Silva, Lina teve 77% dos votos na disputa contra Eliezer e Gustavo

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Entenda

Durante um show de stand-up, Nego Di chegou a falar dos órgãos genitais de Lina e do beijo que ela deu em Maria durante o BBB22, em tom bastante preconceituoso. “Travesti pegou uma ‘mina’, beijou uma ‘mina’. Que isso? Os travecos querem me enlouquecer?”, diz ele em um dos trechos mais chocantes do show.

As falas do humorista geraram revolta nas redes sociais. Alguns internautas chegaram a questionar o motivo pelo qual Nego Di ainda não foi preso. Vale lembrar que em 2019, após entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) de que havia demora inconstitucional do legislativo em tratar do tema, a maioria os ministros do STF votou a favor da determinação de criminalizar a discriminação por orientação sexual e identidade de gênero.

Segundo a decisão, casos de homofobia e transfobia devem ser enquadrados no crime de racismo.

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