Líder de seita religiosa: quem é Ademar, irmão de Djidja Cardoso
Ademar Cardoso, irmão da ex-sinhazinha do Garantido, foi preso acusado de tráfico de drogas, associação para o tráfico e estupro
atualizado
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A morte de Djidja Cardoso, ex-sinhazinha do Boi Garantido, ganhou um novo capítulo após o irmão e a mãe dela serem presos em Manaus, no Amazonas. Ademar Cardoso, irmão da ex-sinhá, é acusado de tráfico de drogas, associação para o tráfico e estupro.
De acordo com o portal Extra, Ademar teve uma filha com uma ex-noiva e morou por um tempo em Londres. Quando voltou ao Brasil, no entanto, o irmão de Djidja decidiu investir no corpo e na saúde.
O rapaz passou a praticar luta, musculação, melhorou a alimentação e recorreu a anabolizantes para ganhar músculos. Em fotos, é possível ver o antes e depois de Ademar, que até competiu em um campeonato de fisioculturismo no Amazonas.
Em suas redes sociais, Ademar mostrava relações com drogas alucinógenas, como cogumelos. O rapaz já falava sobre teorias que embasaram a seita religiosa Pai, Mãe, Vida, criada por ele e difundida por sua mãe, Cleusimar, e sua irmã.
Morte de Djidja Cardoso
A Polícia Civil do Amazonas investiga se a morte da ex-sinhazinha do Boi Garantido, Djidja Cardoso, foi causada por overdose de cetamina. Segundo o G1, o corpo da empresária teria sido encontrado pelos policiais com sinais que indicam a utilização da substância injetável.
O delegado Danniel Antony acredita que Djidja possa ter sofrido a overdose durante um dos rituais do grupo religioso liderado pela família. “Eles induziam os seguidores a acreditar que, com a utilização compulsória da cetamina, iriam transcender a outra dimensão e alcançar um plano superior e a salvação”, explicou o investigador.
Na quinta-feira (30/5), o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) decretou a prisão da mãe e do irmão de Djidja, além de três funcionários do salão de beleza Belle Femme, fundado por ela em 2020.
Para além de suspeitas de envolvimento em tráfico de drogas e associação para o tráfico, o irmão de ex-sinhazinha, Ademar Cardoso, será indiciado por estupro.
A polícia encontrou ampolas de cetamina, seringas e agulhas em uma das unidades do salão de beleza da família, em Manaus. Usada na medicina e veterinária, em razão de suas propriedades sedativas, a droga gera efeitos alucinógenos e acaba sendo utilizada como substância recreativa.
A ex-mulher de Ademar disse, em depoimento, que ele pensava ser Jesus, a mãe, Maria, e o dois acreditavam que Djidja seria Maria Madalena. Eles usavam a cetamina com anabolizantes em uma rotina que a mente e o corpo deveriam estar em sintonia.