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Léo Lins é condenado a pagar indenização após piada com menino autista

Humorista terá que pagar R$ 44 mil de indenização por danos morais a Adriana Cristina da Costa Gonzaga. Caso ainda cabe recurso

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Léo Lins, humorista, ator e escritor brasileiro- Metrópoles
1 de 1 Léo Lins, humorista, ator e escritor brasileiro- Metrópoles - Foto: Reprodução

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) condenou o humorista Léo Lins a pagar R$ 44 mil de indenização por danos morais a Adriana Cristina da Costa Gonzaga, mãe de um menino autista alvo de piadas por parte do comediante.

A juíza Marcela Filus Coelho, da 1ª Vara do Juizado Especial Cível, entendeu em 13 de agosto que a “brincadeira” com a criança autista não se trata de um caso isolado na trajetória de Léo Lins. Recentemente, o comediante foi demitido do SBT, onde atuava no The Noite com Danilo Gentili, por fazer piada com uma criança com hidrocefalia.

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Léo Lins começou a carreira trabalhando em shows de mágica, em 2005, e depois passou a integrar o grupo de stand-up Comédia em Pé. Em 2008, participou do quadro Quem Chega Lá, do Domingão do Faustão, onde foi finalista da competição
Em 2009, lançou carreira solo com o show Surreal e, no mesmo ano, lançou o livro Notas de um Comediante Stand-up. Tempos depois, integrou a equipe do programa Legendários, na Record
Em 2011, chamou atenção do também humorista Danilo Gentilli e passou a fazer parte do elenco do talk show Agora é Tarde, à época apresentado por Gentilli. Devido ao sucesso do programa da Band, Lins viu a demanda de shows aumentar e aproveitou para mudar sua identidade visual e piadas
Léo Lins com os ex-colegas do The Noite, incluindo Danilo Gentili
Em 2018, participou do filme Exterminadores do Além Contra a Loira do Banheiro, ao lado de Gentilli e Murilo Couto. Dois anos depois, integrou o elenco do spin off Exterminadores do Além (2021), série exibida pelo SBT
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Leonardo de Lima Borges Lins, mais conhecido como Léo Lins, nascido em 1982, é um humorista, ator e escritor brasileiro. Natural do Rio de Janeiro, se tornou nacionalmente conhecido por fazer piadas de gosto bastante duvidoso

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Léo Lins começou a carreira trabalhando em shows de mágica, em 2005, e depois passou a integrar o grupo de stand-up Comédia em Pé. Em 2008, participou do quadro Quem Chega Lá, do Domingão do Faustão, onde foi finalista da competição

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Em 2009, lançou carreira solo com o show Surreal e, no mesmo ano, lançou o livro Notas de um Comediante Stand-up. Tempos depois, integrou a equipe do programa Legendários, na Record

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Em 2011, chamou atenção do também humorista Danilo Gentilli e passou a fazer parte do elenco do talk show Agora é Tarde, à época apresentado por Gentilli. Devido ao sucesso do programa da Band, Lins viu a demanda de shows aumentar e aproveitou para mudar sua identidade visual e piadas

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Léo Lins com os ex-colegas do The Noite, incluindo Danilo Gentili

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Em 2018, participou do filme Exterminadores do Além Contra a Loira do Banheiro, ao lado de Gentilli e Murilo Couto. Dois anos depois, integrou o elenco do spin off Exterminadores do Além (2021), série exibida pelo SBT

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Recentemente, Léo Lins foi demitido do SBT após fazer uma piada envolvendo o Teleton e uma criança com hidrocefalia. No vídeo, que circula nas redes sociais, o humorista falou sobre o programa, que arrecada dinheiro em ações da emissora para ajudar crianças com deficiência, e relembrou a história de um menino do Ceará

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“Eu acho muito legal o Teleton, porque eles ajudam crianças com vários tipos de problema. Vi um vídeo de um garoto no interior do Ceará com hidrocefalia. O lado bom é que o único lugar na cidade onde tem água é a cabeça dele. A família nem mandou tirar, instalou um poço. Agora o pai puxa a água do filho e estão todos felizes”, disse ele durante um show de stand-up

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E essa não foi a primeira vez que o humorista causou polêmica com suas falas. Em uma outra ocasião, Léo foi processado pela dançarina Thais Carla por ter feito piada gordofóbica utilizando a influenciadora como exemplo. Em fevereiro de 2022, o humorista foi condenado a pagar indenização de R$ 15 mil por ter zombado de uma mulher transgênero em vídeo

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Outra confusão envolvendo o nome do artista ocorreu após a queda do avião da Chapecoense, que matou 71 pessoas, em 2016. À época, Lins comparou o acidente a morte do jogador Daniel, que atuou pelo São Paulo, assassinado no Paraná. “Pelo menos ele morreu depois de comer coisa boa. Não foi como os jogadores da Chapecoense, que era comida de avião”

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“No caso, o réu ofendeu a autora e demonstrou desprezo por uma parte da sociedade, revelando (sem nenhuma justificativa) ser contra quem enfrenta algum tipo de enfermidade. Mais do que isso: com o seu comportamento, instiga outras pessoas agirem da mesma maneira, isto é, de modo deselegante e sem demonstração de conhecimento. Não se trata de caso isolado na vida do réu. Uma rápida busca na internet revela que ele é dado a agir contra quem é portador de enfermidades ou dificuldades”, diz um trecho do documento, divulgado pelo jornal O Globo.

A sentença do Tribunal de Justiça de São Paulo ainda cabe recurso de Léo Lins. O humorista ainda não se posicionou sobre o caso.

Entenda o caso

Em 2020, Adriana Cristina moveu a ação após a publicação de um vídeo no perfil de Aline Mineiro, namorada de Léo Lins. Na ocasião, a ex-A Fazenda disse: “Como em todas as festas, ele não fala nada, é um pouco autista.”

De acordo com a sentença, Adriana enviou uma mensagem a Lins pedindo que Aline se retratasse. “Eu já tentei. Juro que falei pra ela responder todas as pessoas que estão indignadas como você. Aconselhei ela a mandar vocês enfiarem uma rola gigantesca no cu. Um pau bem veiúdo, mais vascularizado que seu cérebro (se bem que pra isso não precisa muito). A ideia era socar essa rola até a cabeça sair na boca, empalando o corpo. Depois remover a piroca (que aliás, estaria de máscara, pois não quero que pegue Covid), remover cuidadosamente, o que deixaria um buraco cilíndrico, ai jogaria milho para o corpo se tornar um abrigo de pombas brancas da paz. Essa foi minha sugestão, mas ela achou absurdo. Prometo que vou seguir tentando”, respondeu o humorista.

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Apesar de reconhecer que, de fato, enviou a mensagem, Lins argumentou que ela seria direcionada para uma pessoa específica, não para a comunidade autista. A juíza Marcela Filus Coelho, no entanto, entendeu que apenas o comentário de Mineiro já é ofensivo: “Instado, então, pela autora a pedir a retratação da namorada, ao invés de refletir sobre o tema, reconhecer o erro e demonstrar que pode se sensibilizar por quem enfrenta dificuldade, o demandado se valeu de agressão verbal.”

De acordo com a Lei de Inclusão da Pessoa com Deficiência nº 13.146/15, induzir ou incitar a discriminação de uma pessoa em razão de sua deficiência pode render de um a três anos de prisão. No caso de Lins, caso seja condenado, a pena pode aumentar para dois a cinco anos de prisão pelas ofensas terem sido feitas em uma rede social.

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