Justiça nega pedido para demolição de mansão de Clodovil abandonada
Localizada no litoral de São Paulo, a mansão que pertenceu a Clodovil está abandonada desde a morte do apresentador, em 2009
atualizado
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As polêmicas em torno da mansão que foi de Clodovil Hernandes ganharam um novo episódio. O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) negou o pedido de demolição total do espaço, feito pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP), que está abandonado desde a morte do apresentador, em 2009.
De acordo com informações divulgadas pela Contigo, o MPSP defendeu que a casa ocupa uma área de preservação. Localizada em Ubatuba, no litoral de São Paulo, a mansão foi parcialmente demolida por ordem judicial e foi arrematada em um leilão em 2018, mas nunca foi transferida para a nova proprietária.
O pedido do Ministério Público foi feito em 2021 à Justiça, mas a decisão contrária saiu apenas na última segunda-feira (11/3). No relatório final da decisão, Luis Fernando Nishi explicou que a delimitação da área de preservação foi feita de forma errada e isso não provoca mudanças agora.
“Eventual equívoco na delimitação da área que se encontrava inserida no Parque Estadual Serra do Mar em momento anterior, qual seja, da elaboração dos laudos periciais há mais de 20 (vinte) anos atrás não autoriza a reabertura da instrução probatória após o trânsito em julgado da sentença”, detalhou o relator em um trecho do texto final.
Cancelamento de leilão da mansão de Clodovil
Sem ocupantes e cuidados há mais de uma década, a casa em que Clodovil morava também é alvo de outro processo judicial. Thalita Daiane de Melo, que adquiriu o bem no leilão, afirmou que foi enganada e comprou a posse da casa, não da propriedade.
Responsável pelos bens deixados pelo apresentador, a advogada Maria Hebe Queiroz, detalhou, em novembro do ano passado ao G1, que o dinheiro pago no leilão estava depositado em juízo. Entretanto, a casa só não foi transferida ainda para Thalita por causa do pedido de demolição.
“Nós contestamos e não vamos demolir. É muito caro para demolir. A não ser que o poder público queira assumir as despesas”, detalhou a representante.