Jornalista detona e diz que Ludmilla “vendeu supremacismo religioso”
Ludmilla está sendo acusada de intolerância religiosa após reproduzir ofensas a religiões de matriz africana em um vídeo exibido em show
atualizado
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Flávia Oliveira, jornalista da Globo News, usou as redes sociais, nesta segunda-feira (22/4), para comentar sobre o suposto caso de intolerância religiosa cometido por Ludmilla durante seu show no Coachella nesse domingo (21/4). A artista exibiu, no telão do show, um vídeo de uma pessoa pisando em uma oferenda, seguida da frase: “Só Jesus expulsa o tranca rua das pessoas”.
A jornalista republicou o pronunciamento de Ludmilla no X (antigo Twitter) e rebateu a cantora, que afirmou que, com as imagens do vídeo, só quis retratar a realidade da comunidade que cresceu.
“Toda escolha é política, incluindo as artísticas. É a realidade da rua? Entã’o, cadê o contraditório, que está nos muros também? Arista nenhum é obrigado a militar contra a intolerância. Não incitar é dever. “Vendeu” supremacismo religioso no show, sim. Devia se desculpar”, opinou Flávia.
Nas redes sociais, internautas também estão detonando a cantora. “A pessoa ser preta, lésbica, funkeira, levantar essas pautas e fazer uma cagada dessas na religião alheia.. foi feio!”, afirmou uma pessoa no X (antigo Twitter). “Sério que vocês vão passar pano para intolerância religiosa?”, questionou outra.
Pronunciamento de Ludmilla
Rapidamente, Ludmilla se pronunciou sobre o assunto nas redes sociais e revelou que não foi sua intenção ofender as religiões de matriz africana. “Quando eu disse que vocês teriam que se esforçar para falar mal de mim, eu não achei que iriam tão longe”, iniciou a cantora.
“Hoje, tiraram do contexto uma das imagens do vídeo do telão do show em ‘Rainha da Favela’, que traz diversos registros de espaços e realidades nos quais eu cresci e vivi por muitos anos, querendo reescrever o significado deles e me colocando em uma posição que é completamente contrária a minha”, explicou.
“‘Rainha da Favela’ apresenta a minha favela, uma favela real, nua e crua, onde cresci, mas infelizmente se vive muitas mazelas: genocídio preto, violência policial, miséria, intolerância religiosa e tantas outras vivências de uma gente que supera obstáculos, que vive em adversidades, mas que não desiste. Isso passa por conviver em um ambiente muitas vezes hostil, onde a cada esquina você precisa se deparar com as dificuldades da favela”, afirmou.