Influenciador brasileiro que denunciou racismo nos EUA é encontrado morto
Anderson Silva Sodre, conhecido como Ander Jackson, era de Sorocaba (SP) e ficou conhecido com vídeos de humor na web
atualizado
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O influenciador Anderson Sodre, de 26 anos, conhecido nas redes sociais como Ander Jackson, foi encontrado morto na Califórnia, Estados Unidos. Natural do interior de São Paulo, ele morava no país desde 2018, quando se mudou para participar de um programa para cuidar de crianças em Orono.
Com mais de 110 mil seguidores no Instagram, ele fez fama no Instagram, onde costumava compartilhar covers de músicas e vídeos de humor. Apesar de ter conquistado público na plataforma, o último post do músico foi em 13 de outubro de 2020, quando compartilhou fotos antigas ao lado de amigos do Brasil.
Uma das amigas mencionadas na postagem confirmou a morte de Anderson em seu perfil. “Luto. Minha saudade diária, só nunca imaginei que seria uma saudade eterna. Sinto sua falta desde o dia que foi para outro país, não sei nem descrever como serão meus dias com esse novo mundo sem você nele, meu amigo. Estou com o coração em pedaços”, escreveu.
Segundo o G1, as causas estão sendo investigadas. O Itamaraty ainda não se posicionou e a família do jovem está buscando alternativas para conseguir trazer o corpo para o Brasil e realizar o sepultamento em Sorocaba.
Caso de racismo
No ano passado, Anderson concedeu uma entrevista para o G1 comentando o caso de racismo que sofreu no programa para cuidar de crianças em Orono, cidade próxima a Minneapolis, onde o ex-segurança George Floyd foi morto durante ação policial, no estado de Minnesota.
“Você mora com a família, então você não precisa pagar aluguel e em troca você tem a moradia e alimentação. Você cuida das crianças para os pais. Só que essa família me pedia para fazer muito mais do que eram as minhas obrigações. Eles pediam para eu limpar a casa, fazer comida para todos, deixar sempre a cozinha organizada e eles que bagunçavam”, lembra.
Em determinada noite, ele afirma que o casal voltou para casa por volta das 22h30. Depois de duas horas, o homem a mulher, segundo Ander, entraram no quarto e o expulsaram da casa.
“Pouco antes um dos filhos estava brigando um com o outro e coloquei de castigo, como fazia. Naquela noite entraram no quarto gritando e dizendo que eu fiz bullying, depois de me chamar de lixo. Disseram que a ameaça aos filhos estava dentro de casa”, conta.