“Oxente, my God”. Quem lembrou a origem desse famoso bordão, muito falado pela personagem Altiva, pode não ter pensado nisso, mas já se passaram 20 anos desde a estreia da novela “A Indomada”. A trama foi ao ar no horário das 20h e conquistou o público.
A história se passava na cidade fictícia de Greenville, no litoral do Nordeste e ocupada pelos ingleses no século XIX para a construção da ferrovia Great Western Railway, onde costumes britânicos e nordestinos se misturavam.
No enredo principal, Eulália de Mendonça e Albuquerque (Adriana Esteves) se apaixona por Zé Leandro (Carlos Alberto Riccelli), cortador de cana da usina de sua família. Os dois sofrem com a perseguição dos Mendonça e Albuquerque. Pedro Afonso (Cláudio Marzo), irmão de Eulália, ameaça Zé Leandro de morte. O rapaz é obrigado a fugir, mas promete voltar um dia para buscar a amada, que está grávida. A criança nasce e é batizada como Lúcia Helena (Leandra Leal).
Quinze anos depois, Zé Leandro volta com uma pequena fortuna conseguida num garimpo. A fuga de Eulália, da criança e do pai, planejada anos antes, é misteriosamente boicotada e acaba em naufrágio. Só Lúcia Helena sobrevive e fica entregue aos cuidados da família, que a rejeita.
Algum tempo depois, o forasteiro Teobaldo Faruk (José Mayer) ganha a fortuna da família Mendonça e Albuquerque numa aposta de jogo feita com Pedro Afonso. Faruk era apaixonado por Eulália, e promete devolver todo o patrimônio a Lúcia Helena quando a menina atingir a maioridade e casar-se com ele — imagine a problematização que isso geraria nos tempos de hoje!
A jovem viaja para estudar na Inglaterra, com data marcada para voltar e casar se com o desconhecido. Anos depois, Helena (interpretada por Adriana Esteves nessa segunda fase) volta para cumprir o compromisso firmado com Teobaldo. E aí se desenrola a história do casal apaixonado.
As histórias paralelas também tinham muito destaque. Como o caso de Emanoel (Selton Mello), que se apaixona por Grampola (Karla Muga), vendida pela própria família para um prostíbulo. E o mistério de quem poderia ser o famoso Cadeirudo, que atacava mulheres nas noites de lua cheia. O folhetim também serviu para abordar assuntos polêmicos como a exploração sexual e o trabalho infantil.
E como não lembrar da cena em que a vilã Maria Altiva Pedreira de Mendonça e Albuquerque (Eva Wilma) morre queimada em um incêndio – que ela mesma provocou – e se transforma em fumaça, jurando vingança e prometendo retornar à cidade?
A novela foi vendida para mais de 10 países. Relembre os personagens principais da trama e veja como estão os atores nos dias de hoje.
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JOSÉ LEANDRO (Carlos Alberto Riccelli) - O grande herói que detona a história, grande paixão de Eulália (Adriana Esteves) e pai de Helena (Leandra Leal/Adriana Esteves). Cortador de cana, homem rude, mas sensível e apaixonado, que dá um valor enorme à terra. Essa é a única, e preciosa, herança deixada para a filha
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LÚCIA HELENA DE MENDONÇA E ALBUQUERQUE (Leandra Leal/Adriana Esteves) - A heroína, que aparece em todas as fases da trama, desde recém-nascida até a idade adulta, quando volta a Greenville. Ainda menina, Lúcia Helena compartilhava com a mãe, Eulália (Adriana Esteves), a expectativa do retorno do pai, José Leandro (Carlos Alberto Riccelli). Mas ele volta e morre logo em seguida, deixando na lembrança da filha uma verdadeira obsessão pela terra, que considerava o maior de todos os bens. Por conta de sua família estar completamente nas mãos de Teobaldo (José Mayer), ela aceita se comprometer com ele para o futuro. Vai estudar na Inglaterra, com data marcada para voltar e se casar com o desconhecido. Viveu praticamente como uma prisioneira no exterior, onde ganhou uma cultura sólida, adquirida num bom colégio inglês. Volta a Greenville sem saber muito bem o que vem pela frente, mas disposta a cumprir o compromisso de casamento e resgatar o nome da família. Enfrenta os poderosos e as ambições de sua tia, Altiva (Eva Wilma), além das surpresas armadas pelo próprio coração, já que se apaixona de verdade por Teobaldo. É ela a Indomada
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LÚCIA HELENA DE MENDONÇA E ALBUQUERQUE (Leandra Leal - Na primeira fase da novela/ Adriana Esteves - Na segunda fase) - A heroína, que aparece em todas as fases da trama, desde recém-nascida até a idade adulta, quando volta a Greenville. Ainda menina, Lúcia Helena compartilhava com a mãe, Eulália (Adriana Esteves), a expectativa do retorno do pai, José Leandro (Carlos Alberto Riccelli). Mas ele volta e morre logo em seguida, deixando na lembrança da filha uma verdadeira obsessão pela terra, que considerava o maior de todos os bens. Por conta de sua família estar completamente nas mãos de Teobaldo (José Mayer), ela aceita se comprometer com ele para o futuro. Vai estudar na Inglaterra, com data marcada para voltar e se casar com o desconhecido. Viveu praticamente como uma prisioneira no exterior, onde ganhou uma cultura sólida, adquirida num bom colégio inglês. Volta a Greenville sem saber muito bem o que vem pela frente, mas disposta a cumprir o compromisso de casamento e resgatar o nome da família. Enfrenta os poderosos e as ambições de sua tia, Altiva (Eva Wilma), além das surpresas armadas pelo próprio coração, já que se apaixona de verdade por Teobaldo. É ela a Indomada
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TEOBALDO FARUK (José Mayer) - Homem misterioso que chega a Greenville montado num cavalo negro, em plena tempestade de areia. Entra definitivamente para a história da cidade, arrendando um empório desativado que, mais tarde, vira o primeiro de uma rede de supermercados — Rainha do Nilo, homenagem aos seus ancestrais paternos. Encanta-se por Eulália (Adriana Esteves), mas não é correspondido. Teobaldo conquista a confiança de Pedro Afonso (Cláudio Marzo) na mesa de jogo até levar o usineiro à bancarrota total. Um dia, humilhado por Altiva (Eva Wilma), lança mão de todas as promissórias assinadas por ele e toma o patrimônio dos Mendonça e Albuquerque, que passam a viver à sua custa. Transforma-se no homem mais poderoso da região, com dinheiro suficiente para comprar o sobrenome deles e deixar de ser tratado como um forasteiro. Diz que é viúvo, e leva a mãe, Veneranda (Amélia Bittencourt), e o filho, Emanoel (Selton Mello), para viver com ele
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MARIA ALTIVA PEDREIRA DE MENDONÇA E ALBUQUERQUE (Eva Wilma) - Esposa de Pedro Afonso (Cláudio Marzo), mãe de Hércules (Marcos Winter) e tia de Helena (Adriana Esteves). A grande vilã da história, mais Mendonça e Albuquerque do que qualquer um da família. É má, mesquinha, avarenta, estúpida, soberba, ambiciosa, invejosa, falsa carola e pecadora de marca maior, mas todas as suas contradições são convertidas em virtudes, no seu modo de ver a vida. Tem um passado de lama, motivo pelo qual subjuga a irmã, Santinha (Eliane Giardini), rejeita Artêmio (Marcos Frota) e “engole” Florência (Neuza Borges), a empregada. Gosta do marido só por causa do sobrenome, e odeia uma série de outras pessoas que a cercam, mas mantém relações de interesse com todas. Inclusive com Teobaldo (José Mayer), o mantenedor da família. Altiva é puro ódio, que descarrega inicialmente sobre Zenilda (Renata Sorrah) e as mocinhas da Casa de Campo, e depois sobre Helena
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PITÁGORAS WILLIAN MACKENZIE (Ary Fontoura) – Político à moda antiga, que detém e adora o poder, e praticamente manda em Greenville. Era secretário-geral do Ministério quando o ministro morreu e, como o presidente estava viajando, assumiu a pasta e fretou um avião para levar um monte de convidados para Greenville. A atitude gerou tantos rumores que o presidente o demitiu. É chamado de ministro porque ocupou este cargo, ainda que por pouquíssimo tempo. Tem dinheiro porque é corrupto, além do cargo de deputado na região. Domina Ypiranga (Paulo Betti), seu genro e prefeito da cidade, e esculhamba a mulher, Cleonice (Ana Lúcia Torre), e a filha mais nova, Dorothy (Flávia Alessandra). Só tem uma relação de respeito com a filha mais velha, Scarlet (Luiza Tomé), porque acha que ela saiu a ele. Adúltero, cobiça a mulher de um amigo muito próximo. Grande aliado de Altiva (Eva Wilma)
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DONA MIRANDINHA DE SÁ MACIEL (Betty Faria) - Viúva, mãe do jovem Felipe (Matheus Rocha), a polêmica juíza da comarca vive às turras com o prefeito Ypiranga (Paulo Betti). Mulher de cabelo nas ventas, que nunca rejeita uma briga, o que não a impede de seguir ao pé da letra o que lhe manda a Justiça. Profunda conhecedora da lei, cita códigos até nas situações mais corriqueiras. Elegante e discreta, corre o risco de cair na boca maldosa do povo de Greenville quando assume corajosamente o romance com seu assistente, Egydio (Licurgo Spínola), bem mais novo do que ela. Mas isso não a abala. Tem posição importante na luta de Helena (Adriana Esteves) e, mais tarde, num crime que envolve uma das prostitutas e o pilantra Sérgio Murilo (Cássio Gabus Mendes)
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ZENILDA (Renata Sorrah) - Mulher forte e bonitona, que reina em seu bordel, a Casa de Campo, como uma verdadeira rainha. É mãe, médica e conselheira das suas moças, das quais cuida muito bem, porque, na verdade, o bordel é só um negócio na sua vida — ela faz questão de frisar que não é do métier —, e suas meninas são cuidadas como bons produtos. Gostaria muito de vê-las encaminhadas na vida, mas tem consciência de que as perspectivas são péssimas. Por causa disso, não hesita em dar toda ajuda quando uma delas se casa, nem em desanimar Dinorah (Carla Marins) em seus sonhos de Cinderela, “porque o raio não cai duas vezes no mesmo lugar”. Tem uma relação de amizade com Vieira (Catarina Abdala), que é contadora de seu bordel e de vez em quando fica por lá, para dormir
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EMANOEL FARUK (Selton Mello) - Filho de Teobaldo (José Mayer) e neto de Veneranda (Amélia Bittencourt), rapaz muito diferente. Uma espécie de anjo, cândido, inocente, alheio à insensatez do resto do mundo. Tem crises repentinas, normalmente quando não consegue entender as coisas absurdas que se passam em volta, e umas lembranças difusas da mãe, que o perturbam. Fala o que pensa e sente com a maior naturalidade, e pergunta tudo sem censura, deixando as pessoas desconcertadas. Relaciona-se bem com Artêmio (Marcos Frota), e depois com Grampola (Karla Muga), uma das moças da Casa de Campo, a primeira paixão de sua vida
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DOROTHY MACKENZIE (Flávia Alessandra) – Filha de Pitágoras (Ary Fontoura) e Cleonice (Ana Lúcia Torre), o oposto da irmã, Scarlet (Luiza Tomé). Introvertida, romântica e meiga. Vive sendo humilhada pelo pai, que não se conforma em vê-la no “caritó”, ou seja, solteira e sem perspectivas de arranjar um marido
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YPIRANGA PITIGUARY (Paulo Betti) - O prefeito de Greenville, marido de Scarlet (Luiza Tomé), pai de Carolaine (Nívea Stelmann), e pau-mandado do sogro Pitágoras (Ary Fontoura). Autor das mais estapafúrdias decisões políticas. Faz questão de ser polêmico, baixando portarias absurdas. Tem fama de maluco. Vive uma relação de amor e fúria com a mulher, chegando, às vezes, ao estresse sexual. É um tipo de calhorda, mas não chega a ser um monstro. Faz o tipo “prefeito bonitão”, usa jaquetinhas modernas, mas dá ataques histéricos
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