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“Guru” de Elza Soares, Caetano Veloso lembra dias de glória da cantora

Em seu Instagram, o artista publicou um vídeo de Elza e contou como a ajudou a voltar ao centro da música popular brasileira

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Caetano Veloso e Elza Soares
1 de 1 Caetano Veloso e Elza Soares - Foto: Reprodução/Instagram

Em sua carreira, Elza Soares conquistou o coração de muitos brasileiros ao longo de sua brilhante carreira. Entretanto, em um determinado momento, foi Caetano Veloso que a fez seguir nos palcos. No dia da morte da artista, Caetano relembrou o momento e fez uma linda homenagem a Elza.

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Com um vídeo de um programa do Chacrinha, em 1985, ele brindou a cantora. “Elza Soares foi uma concentração extraordinária de energia e talento no organismo da cultura brasileira. Tendo sido fã de sua voz e musicalidade desde os meus anos de ginásio, tive a honra de ser procurado por ela quando de sua iminente decisão de abandonar a carreira e/ou o Brasil. Fui capaz de convencê-la a ficar porque entendi que aquilo era uma espécie de pedido de socorro”, começou escrevendo.

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Aos 91 anos, no dia 20 de janeiro de 2022, Elza faleceu de causas naturais, em casa. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da cantora
Ao todo, Elza teve sete filhos. Aos 21 anos, Elza já era viúva do primeiro marido e tinha perdido dois de seus filhos, que morreram de fome
"A amada e eterna Elza descansou, mas estará para sempre na história da música e em nossos corações e dos milhares fãs por todo o mundo. Feita a vontade de Elza Soares, ela cantou até o fim"
Mesmo com a dor, Elza presenteou o mundo com seu jeito único de cantar. Ela se tornou uma das maiores cantoras da história da música popular brasileira. Iniciou a trajetória nos concursos de rádio, no anos 1950. Nas décadas seguintes, construiu uma grande trajetória no samba
Ao longo da brilhante carreira, Elza Soares lançou 34 discos e, nos anos mais recentes, aproximou-se de sons contemporâneos, como o hip-hop e a música eletrônica
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Elza Gomes da Conceição nasceu na favela carioca de Moça Bonita, em 23 de junho de 1930

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Aos 91 anos, no dia 20 de janeiro de 2022, Elza faleceu de causas naturais, em casa. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da cantora

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Ao todo, Elza teve sete filhos. Aos 21 anos, Elza já era viúva do primeiro marido e tinha perdido dois de seus filhos, que morreram de fome

Material cedido ao Metrópoles
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"A amada e eterna Elza descansou, mas estará para sempre na história da música e em nossos corações e dos milhares fãs por todo o mundo. Feita a vontade de Elza Soares, ela cantou até o fim"

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Mesmo com a dor, Elza presenteou o mundo com seu jeito único de cantar. Ela se tornou uma das maiores cantoras da história da música popular brasileira. Iniciou a trajetória nos concursos de rádio, no anos 1950. Nas décadas seguintes, construiu uma grande trajetória no samba

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Ao longo da brilhante carreira, Elza Soares lançou 34 discos e, nos anos mais recentes, aproximou-se de sons contemporâneos, como o hip-hop e a música eletrônica

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O disco A Mulher do Fim do Mundo foi eleito pelo jornal The New York Times como um dos 10 melhores do ano de 2016. O último álbum dela foi Planeta Fome, lançado em 2019

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Em 1963, ela gravou a canção Eu Sou A Outra, sobre o assunto, sacudindo a sociedade conservadora do Brasil

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A morte da cantora ocorre exatos 39 anos depois da morte de Garrincha, com quem ela foi casada

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Elza Soares e Garrincha, ídolo do Botafogo, viveram um romance cheio de altos e baixos de 1966 a 1982. O relacionamento entre eles começou escondido, pois Garrincha era casado na época e a cantora foi taxada de amante do jogador e responsável pelo fim do matrimônio anterior dele. A paixão entre os dois durou 17 anos e eles tiveram um filho, Júnior, que morreu em 1986, em um acidente de carro

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Ele lembra de como a colocou de volta ao centro da música popular brasileira. “Compus o samba-rap Língua e a convidei para cantar a parte melódica. Assim ela voltou a cantar e a receber atenção. Voltou à televisão e, depois, figuras tão díspares quanto Lobão e Zé Miguel Wisnik fizeram questão de trabalhar com ela. Recentemente, jovens músicos paulistanos (e ao menos um carioca que vive em Sampa) têm feito com ela o que ela merece. Morreu na glória a que fazia jus, numa idade respeitável, afirmando a grandeza possível do Brasil”, concluiu.

Há alguns anos atrás, em 2012, Elza classificou a importância de Veloso em sua vida. “Caetano foi uma espécie de guru na minha vida. Tenho por ele um respeito que não tem tamanho. Ele é lindo, lindo, lindo. Tem uma áurea incrível e quero agradecer pelo carinho que ele sempre teve comigo. Caetano é tudo. Caetano faz parte da minha vida. Teve uma época que eu precisava me reerguer e foi ele que me deu toda força. Tenho respeito por todos, mas por Caetano sinto uma coisinha diferente. Eu o conheço desde as época dos festivais na Record. Quando eu ia parar de cantar o procurei na casa dele. Ele me disse assim ‘Uma abelha rainha não pode abandonar a coméia’. Foram essas palavras que me deram todo o ânimo para não deixar de cantar”, disse ela à época.

Então, ela relembrou da mesma história que Veloso contou nesta quinta-feira (20/1). “Até que surgiu Língua. Foi uma fase bem difícil na minha vida. Ele que me deu o entusiasmo para voltar a cantar. Ele é lindo e maravilhoso. Caetano é calmo, contido com as palavras. Um cara justo. Se gosta, gosta. Se não gosta, não gosta. Essa sinceridade dele é linda demais e vale muito. Nunca percebi nele nenhum defeito, se é que existe. Olha essa vida é muito gozada. Eu nunca tive muita convivência com ele nos camarins dos festivais”, continuou Elza.

Ela completou parabenizando o cantor. “Quem nos aproximou foi My John, João Gilberto, num show em São Paulo. Não me lembro a data, mas foi muito especial. Eles se falavam muito. Vi que aquela figura, quando se aproximou, que ele chegou para dar uma renovação. Ele sempre tratou com respeito. Quando Caetano surgiu a música tomou um caminho lindo, maravilhoso. A voz do Caetano, do Gil. O palco e a música ficaram mais fortes. São seres lindos e renovadores. Eu queria te dar parabéns, Caetano. Parabéns, parabéns, parabéns. Que você continue nos presenteando com a sua voz. Caetano é como os deuses: não tem idade?”, finalizou.

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