Gregorio Duvivier diz que eleitores em dúvida não estão na internet
O ator e escritor participou da 5ª Bienal Internacional do Livro de Brasília e falou sobre a disputa entre Lula (PT) e Bolsonaro (PL)
atualizado
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Gregorio Duvivier esteve na 5ª Bienal Internacional do Livro de Brasília e aproveitou o momento para falar sobre o 2º turno das Eleições 2022. Para o ator e escritor, os eleitores que ainda mantém a dúvida sobre votar em Lula (PT) ou em Bolsonaro (PL) não estão na internet.
Durante a participação de Duvivier no evento, diversas pessoas entoaram o grito de “olê, olê, olê, olá, Lula, Lula”. Apoiador do candidato do PT, ele brincou sobre estar tentando virar votos. “Não posso falar para qual candidato, é segredo. Na verdade, é mais do que tentar virar voto”, explicou.
“É conversar com indecisos, porque eles existem, mas não estão na internet, no Twitter, não sobem hashtag, nem estão no trending topics, mas existem. Temos que partir de uma escuta”, opinou.
Críticas aos militares
Na sequência, Gregorio Duvivier criticou o regime militar e defendeu a prisão de Jair Bolsonaro (PL). “Só existe democracia, quando os militares obedecem aos civis”, disse o ator, durante uma conversa com o público que assistiu a palestra sobre humor no jornalismo como ferramenta de informação.
Para o escritor, o atual Presidente da República está cometendo “estelionato eleitoral” com o Auxílio Brasil. “Ele está enganando as pessoas, mas nosso povo está sendo espetacular. Mesmo com a ingestão de milhões de reais, tem muita gente falando que não vai cair nessa não. Tem muita gente sofrendo influência da máquina”, explicitou, defendendo aqueles que estariam sendo enganados por Bolsonaro.
Segundo o escritor, Bolsonaro deve ser processado e julgado por crimes contra a humanidade que cometeu durante seu mandato e por, constantemente, fazer alusão da ditadura, que “torturou mulheres grávidas com choques, separou mães de bebês e levou filhos para verem seus pais torturados”.
Gregorio Duvivier aproveitou para refutar a tese de que o Brasil seja um país conservador. “Isso é um desserviço à luta política. O Brasil realmente é um país em que grande parte da população deu uma guinada [à direita] nos últimos anos, mas a gente está muito longe de ser conservador”, expressou.