Flor Jorge lança 1º EP e descarta pressão por ser filha de Seu Jorge
Flor Jorge, que lançou o seu primeiro EP na última semana, revelou como começou na música e ainda da pressão de seguir com o nome da família
atualizado
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Flor Jorge, filha do cantor Seu Jorge, está seguindo os passos do pai e construindo sua própria trajetória na música como cantora e compositora. Com 21 anos, nascida no Rio de Janeiro e vivendo em Los Angeles desde os 10, ela traz uma fusão de estilos que vai do hip-hop ao R&B, passando pelo jazz, bossa nova, samba rock e pop.
Na última semana, ela publicou Prima, seu primeiro EP, e abriu um show da rapper americana Rhapsody, no festival Circo Voador. Em entrevista ao Metrópoles, ela disse não sentir pressão por ser filha de Seu Jorge e relembrou o início da carreira.
“Até hoje eu não sinto nenhum tipo de cobrança, nem pelos meus pais e nem pelas as pessoas em volta de mim ou em volta do meu pai. Eu acho que os meus pais, eles deixam a gente fazer qualquer coisa que a gente quiser”, declarou.
Ela admite que sentia um certo nervosismo quando era mais nova, na fase da adolescência, mas que após o lançamento de suas músicas, se sente mais confiante. “Eu faço o meu, na minha, eu sei o que eu gosto. E eu não me sinto pressionada fazendo o que eu gosto, sabe?”, completou.
Música com Seu Jorge e a relação com o pai
Entre suas faixas lançadas, destaca-se Pra Melhorar, uma colaboração com Seu Jorge e Marisa Monte. Apesar de dividir o palco com o pai, Flor revela que as conversas entre os dois giram mais sobre a vida do que sobre música.
“Eu mostro o meu trabalho para o meu pai quando está quase pronto, para ver o que ele acha. Ele sempre dá o maior apoio possível para todas as ideias”, declarou.
Para Flor, a nova geração tem ainda mais oportunidades de explorar tanto as músicas do passado quanto as tendências atuais.
“Acho que a música, nesse momento, vai mudar muito ainda porque a gente está misturando todos os estilos. Eu fiz uma música que é funk com jersey club e outra que é bossa nova com drum and bass. Tem uma geração inteira fazendo isso e ele [Seu Jorge] sempre dá suporte a essas ideias, criações novas. Acho que isso é muito maneiro entre pai e filha”, avaliou.
“Comecei a cantar antes de falar”
A relação de Flor com a música começou desde muito cedo, cercada por instrumentos e uma diversidade de sons, sempre tentando tocar, cantar e querendo dividir o palco com o pai. Aos três anos, ao ver Seu Jorge se apresentando, já desejava fazer parte daquele ambiente. Aos seis, passou a escrever suas próprias letras, inspirada nas histórias e situações ao seu redor.
“Se fosse escola, se fosse um dia tão bonito, se fosse na praia, eu estava sempre inventando história para contar em forma de música”, diz aa artista.
Morando nos Estados Unidos desde o final da infância, Flor conta que a escolha do idioma de suas músicas depende muito do feeling. Ela explica que uma canção em inglês geralmente reflete uma experiência vivida nos Estados Unidos, mas que adora explorar a mistura de línguas em suas composições, tornando-as ainda mais únicas.
“Do mesmo jeito que eu brincava com Barbies, imaginando que eu sou aquela Barbie, é do mesmo jeito que eu tô brincando com música”, afirma a cantora sobre seu processo criativo.
EP Prima
No início de setembro, Flor, que já tinha lançado três músicas, Sapiens, Macumbeira e Chega no Céu, apresentou o seu primeiro álbum, intitulado Prima. São sete canções, todas autorais e compostas pela artista. Como ela mesma define, o projeto é a “união de experiências de uma garota de 20 e poucos anos e nasceu com vivências reais, encaradas de forma muito honesta”.
“Um sonho! Estava muito ansiosa para ter esse momento e quero abraçá-lo o máximo possível. Fazer um disco, botar músicas em um lugar só, isso é um momento muito alegre pra mim”, completou.