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Filho de Maurício de Sousa conta que sofreu ameaças por ser gay

Mauro de Sousa fez um desabafo no Instagram relatando como foi ter a sexualidade exposta na mídia: “Tinha medo de morrer”

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Mauro Sousa e Rafael Piccin
1 de 1 Mauro Sousa e Rafael Piccin - Foto: Reprodução / Instagram

Mauro de Sousa, filho de Maurício de Sousa, criador da Turma da Mônica, usou o Instagram para contar que foi vítima de homofobia, após o pai divulgar uma foto em que ele aparece com seu companheiro, Rafael Piccin. Os dois estão juntos há 13 anos.

O desabafo foi feito após um internauta criticar uma postagem em que ele aparece usando uma máscara de proteção com as cores da bandeira LGBT+. O seguidor afirmou ser “desnecessário” o posicionamento público, uma vez que, em sua opinião, “ser gay é coisa mais normal do mundo”.

“Sabe, eu já pensei como você. Eu também achava que ser gay era supernormal. Levantar bandeira pra quê, se eu estou bem e seguro no meu mundo burguês? Já que não acontece comigo, então é mimimi. Até que, no ano passado, a minha sexualidade foi amplamente exposta. De repente, todo mundo sabia que eu era gay. E sem que eu tivesse controle, estavam falando sobre mim. Recebi mensagens, das mais amorosas às mais odiosas“, introduziu.

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O jovem namora com Rafael Piccin
Eles estão juntos há 13 anos
Mauricio e Mauro são muito próximos
Mauro Sousa e Rafael Piccin
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Mauro Sousa é filho de Mauricio de Sousa

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O jovem namora com Rafael Piccin

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Eles estão juntos há 13 anos

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Mauricio e Mauro são muito próximos

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Mauro Sousa e Rafael Piccin

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“Estas, foram cruéis e assustadoras: me xingavam de tudo quanto é nome e ameaçavam a minha integridade física. Meu nome foi parar até em boca de político! Eu e meus pais cogitamos contratar um segurança pessoal pra andar ao meu lado. Eu tinha medo de sair de casa, de ir ao supermercado… tinha medo de morrer. Eu queria ser invisível. Eu fiquei doente. Foi um choque de realidade”, relatou Mauro.

O diretor comentou, ainda, que “usar a máscara colorida simboliza a esperança de poder viver sem medo “.

“Eu tive duas opções.  Ou eu continuava na minha ignorância egoísta ou eu tomava uma atitude. E eu escolhi. Eu escolhi defender a causa porque como minha família é conhecida e me respeita, eu podia representar uma possibilidade àquele LGBT que se acha um fardo”.

 

Ver essa foto no Instagram

 

Recebi essa mensagem referente a foto que postei ontem, com a máscara LGBT+. Compartilho minha resposta com vocês: “Oi, Israel! Sabe, eu já pensei como você. Eu também achava que ser gay era supernormal. Levantar bandeira pra quê, se eu estou bem e seguro no meu mundo burguês? Já que não acontece comigo, então é mimimi. Até que, no ano passado, a minha sexualidade foi amplamente exposta. De repente, todo mundo sabia que eu era gay. E sem que eu tivesse controle, estavam falando sobre mim. Recebi mensagens, das mais amorosas às mais odiosas. Estas, foram cruéis e assustadoras: me xingavam de tudo quanto é nome e ameaçavam a minha integridade física. Meu nome foi parar até em boca de político! Eu e meus pais cogitamos contratar um segurança pessoal pra andar ao meu lado. Eu tinha medo de sair de casa, de ir ao supermercado… tinha medo de morrer. Eu queria ser invisível. Eu fiquei doente. Foi um choque de realidade, mas também, foi o gatilho que eu precisava para o meu amadurecimento. É claro que eu não desejo isso a ninguém, mas todo esse episódio me tirou de um estado de alienação e me ampliou horizontes: o mundo era muito maior do que o meu umbigo. E eu tive duas opções, Israel. Ou eu continuava na minha ignorância egoísta ou eu tomava uma atitude. E eu escolhi. Eu escolhi defender a causa porque como minha família é conhecida e me respeita, eu podia representar uma possibilidade àquele LGBT que se acha um fardo. Usar a máscara colorida simboliza a esperança de poder viver sem medo e, pra mim, acima de tudo, ela expressa a minha transformação em uma pessoa muito mais empática. Israel, não faça como eu e não espere um baque acontecer pra se conscientizar da importância de sair da sua zona de conforto. Mas faça como eu e opte pelos outros. Tem muito LGBT+ na ??? por aí e eles precisam da gente. Porque acredite, Israel, o que eu sofri virtualmente é fichinha perto do que muitos LGBTs sofrem na vida real. Situações que um hétero jamais vai vivenciar. Espero, de verdade, que você e quem ler este texto, seja LGBT ou não, reflita sobre o quanto “em si mesmados” nós estamos, em um mundo que está urgentemente precisando de mais solidariedade. Um abraço, Mauro Sousa”

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