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Filho de Caetano Veloso relembra quando foi confundido com terrorista

Moreno Veloso, filho de Caetano Veloso, contou sobre o dia em que foi confundido com um terrorista em Nova York

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Moreno Veloso, filho de Caetano Veloso, participou do programa Que História é Essa, Porchat?, do GNT, e contou sobre o dia em que foi confundido com um terrorista em Nova York, nos Estados Unidos, em 1993.

O músico contou que aos 20 anos estava prestes a desembarcar em Nova York, nos Estados Unidos, para tocar na banda de alguns amigos. Porém, foi detido pelo FBI por ser confundido com um terrorista.

“Não tinha internet, ou celular. Não para a gente. Era só no Pentágono. Eu ouvi o piloto falando algo, mas eu não entendi, começou um burburinho. Em vez de pousarmos em Nova York, descemos em Washington. Desci do avião e quando fui pegar minha mala, alguém me cutucou. Era uma moça do FBI, que me pediu para segui-la. Quando cheguei uma sala, entraram dois caras enormes, que me tiraram do chão sem fazer força”, relembrou Moreno.

“A primeira pergunta era: ‘qual o nome do seu orientador na faculdade de Física?’ Eu estava fazendo Física na época. Mas me perguntei: ‘como ele sabia?’ Fiquei mais nervoso que já estava. Não existia Google. Eu disse que não estava entendendo. Quando fiquei nervoso, eles ficaram também. ‘Por que você estudou russo na faculdade de física?’, ele perguntou. Eu estudei…”, disse Moreno.

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Fábio Porchat interrompeu o entrevistado para entender por que ele estudava russo. “É que era obrigatório estudar língua estrangeira. Inglês estava com a turma lotada, espanhol muito mais. Até grego estava lotado. Só sobrou russo”, brincou.

Em determinado momento, Moreno precisou tirar a roupa, por ordem policial. E foi imobilizado pelos seguranças quando se estressou com a pergunta: “Por que você não trouxe o documento do carro?”. Em seguida, ele precisou fazer o juramento do físico.

“A gente jura que não vai usar os conhecimentos para destruir o mundo, que usaremos com responsabilidade. Eu tive que jurar em inglês. O juramento deles tinha um a mais. ‘Não vou destruir o mundo e os Estados Unidos’. Os Estados Unidos ainda são mais importantes que o mundo, na visão deles. Depois disso, eles me devolveram a roupa, eu vesti e saí. Do lado de fora, eles estavam abrindo tudo que estava na minha mala e mochila”.

“Peguei tudo depois, me levaram para o aeroporto. Fui para Nova York, tinha comissários de voo que eram brasileiros e eles me explicaram que iranianos ameaçaram explodir o aeroporto. ‘Houve uma ameaça real de terrorismo. E você era o cara’, me disseram”, completou.

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