Filha de Juliano Cazarré recebe alta após 7 meses: “Milagre”
“Obrigada, minha Nossa Senhora de Guadalupe”, escreveram Letícia e Juliano Cazarré, ao anunciarem a melhora da filha Maria Guilhermina
atualizado
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Após 7 meses internada, tratando um problema congênito no coração, Maria Guilhermina, filha caçula de Letícia e Juliano Cazarré, recebeu alta hospitalar. A notícia foi dada pelo casal no Instagram com um vídeo emocionante, que mostra a transferência da pequena para casa. Na legenda, os pais ainda agradeceram aos profissionais de saúde que acompanharam a família nesse tempo.
“Estamos em casa! Maria Guilhermina de Guadalupe, sua vida é toda um milagre! Obrigada, Deus! Obrigada a cada médico, técnicas de enfermagem, mães da UTI, amigos e familiares, vocês foram a montanha que nos elevou ao longo dos últimos 7 meses e nos fizeram enxergar mais longe, um horizonte que só os olhos do coração poderiam ver! Obrigada, minha Nossa Senhora de Guadalupe”, diz o texto.
Vários amigos do casal reagiram à publicação com mensagens carinhosas. “Que alegria, Letícia!!! Um dia muito feliz! Viva Nossa Senhora de Guadalupe”, comentou a jornalista Glenda Kozlowski. “Notícia linda, Juliano! Muita saúde pra Maria e pra família inteira”, comemorou o ator Dan Ferreira. “Que EMOÇÃO!!! Amém! Um abraço em toda essa família maravilhosa”, escreveu Cíntia Dicker.
Anomalia de Ebstein
A Anomalia de Ebstein, condição com o qual Maria Guilhermina nasceu, é uma má-formação rara no coração, e costuma ser detectada ainda em exames do período pré-natal. Ela consiste em uma deformidade na válvula tricúspide, a maior do músculo cardíaco, que tem a função de controlar o fluxo de sangue no corpo.
A válvula não se fecha corretamente durante o período de formação da criança, o que pode levar à insuficiência cardíaca após o nascimento.
“Nas crianças com Anomalia de Ebstein, um dos componentes da válvula tricúspide é aderido à parede do ventrículo direito, e ela não pode se movimentar, causando escape do sangue para o átrio e grande represamento do fluxo de sangue, resultando na dilatação do coração”, explicou a cirurgiã cardiologia Beatriz Furlanetto, do Hospital Beneficência Portuguesa, em suas redes sociais.
Em casos graves, esse defeito pode levar ao aumento do coração durante o período embrionário, de forma que os pulmões não são desenvolvidos suficientemente, gerando problemas respiratórios após o nascimento. Quando isso acontece, a chance de que o bebê viva depois do parto é quase zero, visto que os danos são irreversíveis.
Entretanto, a ocorrência de casos graves é raríssima, e a maioria das crianças que nascem com a condição podem ser tratadas com medicamentos.
Quando há caso moderado – como o da filha de Cazarré -, a realização da cirurgia cardíaca é mais eficiente, podendo ser feita logo após o nascimento ou quando as complicações da má-formação começarem a aparecer.