Fátima Bernardes sobre manifestação na pandemia: “Falta de empatia”
Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro promoveram um ato em uma “motoata”, no Rio de Janeiro, nesse domingo (23/5)
atualizado
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Fátima Bernardes criticou a aglomeração promovida por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro no último domingo (23/5), no Rio de Janeiro. Assim como Tatá Werneck, a jornalista usou as redes sociais para externar sua indignação sobre o episódio.
Na manhã de ontem, milhares de pessoas se reuniram em uma “motoata” na Zona Oeste e na Zona Sul da capital fluminense. O ato contou, inclusive, com a presença do próprio presidente Jair Bolsonaro e de outras autoridades políticas.
A apresentadora do Encontro usou uma foto onde Bolsonaro aparece sem máscara acenando para o público durante o passeio de moto no evento. Na publicação, ela se mostrou solidária às famílias que perderam alguém para a Covid-19 e questionou quais seriam os motivos para comemoração diante da pandemia que assola o país.
“Essa postagem não é partidária. É solidária. Meu carinho e meu respeito à dor de quase quinhentas mil famílias que perderam seus amores nessa pandemia. Vocês não estão sozinhos”, começou.
“Hoje, diante dessa manifestação festiva que aconteceu o Rio de Janeiro, a minha cidade, são muitas pessoas – como eu – sem entender o motivo da comemoração, a falta de empatia”, disparou Fátima.
A jornalista lamentou a situação: “São muitos os que estão perplexos, tristes e até com vergonha. A falta de humanidade também dói e também mata”.
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Motoata
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) participou neste domingo (23/5) de um passeio com motociclistas no Rio de Janeiro. O evento foi organizado por apoiadores e seguiu os moldes do realizado na manhã do Dia das Mães (9/5), no Distrito Federal, quando o presidente rodou pelas ruas da capital.
Motociclistas se concentram no Parque Olímpico da Barra da Tijuca desde as 8h. A partida foi às 10h, seguindo pela Avenida Embaixador Abelardo Bueno, que ficou fechada enquanto o cortejo passou, em direção à Barra.
Mais de mil policiais militares foram deslocados de 4 batalhões para acompanhar o pelotão. A polícia civil seguiu de helicóptero e fuzileiros navais também foram convocados para garantir a segurança do presidente.
Além de Jair Bolsonaro, participaram do evento o ex-ministro da Saúde general Eduardo Pazuello, os ministros do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, e da Infraestrutura, Tarcísio Gomes, além do vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos) e parlamentares.