Familiares, amigos e fãs dão adeus a Ziraldo, pai do Menino Maluquinho
Ziraldo morreu aos 91 anos, no sábado (6/4), de causas naturais. O velório é aberto ao público, no Rio de Janeiro
atualizado
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Família, amigos e fãs começaram as homenagens ao desenhista e escritor Ziraldo na manhã deste domingo (7/4). O velório teve início às 10h, no Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio de Janeiro. O sepultamento foi às 16h30, no Cemitério São João Batista, na zona sul da cidade.
Ziraldo morreu na tarde desse sábado (6/4), enquanto dormia em sua casa, aos 91 anos. Recluso desde 2018 por causa de três acidentes vasculares cerebrais, o desenhista deixa esposa e três filhos.
“Meu pai é uma pessoa cuja obra tem uma grande conexão com as pessoas. Naquelas filas enormes das bienais, vinham o avô, o filho e o neto e, às vezes, o bisneto. Todos com um livro esmagado, lido, usado. E isso é lindo”, destacou Daniela Thomas, filha de Ziraldo, de acordo com o G1.
Daniela contou ainda que o pai estava debilitado desde 2018. “Estava sofrendo muito”, afirmou.
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, esteve presente no velório. “Pessoa interessante, bom de conversa, viveu uma vida bem vivida. O Rio tem até sol neste domingo em homenagem a Ziraldo”.
Trajetória brilhante
Nascido em Caratinga, em Minas Gerais, Ziraldo Alves Pinto era o segundo de sete filhos e mostrou interesse e talento para o desenho ainda muito novo — aos 6 anos de idade, teve seu primeiro desenho publicado no jornal A Folha de Minas, em 1939.
Em sua trajetória — que conta com mais de 200 livros –, seu maior fenômeno foi O Menino Maluquinho, que, além do livro de origem, publicado em 1980, rendeu inúmeros quadrinhos, animações e até mesmo produções de cinema. A Turma do Pererê também é de autoria de Ziraldo.
Além de cartunista, Ziraldo era jornalista e tem em seu currículo passagens pelo Jornal do Brasil e pela revista O Cruzeiro. Em 1969, ele fundou, junto a Jaguar, Tarso de Castro e Sérgio Cabral, o jornal alternativo e semanal O Pasquim.