Fábio de Melo sobre Rodrigo Branco: “Irmãos, mas não compactuo”
Com um vídeo onde Babu dá uma aula sobre preconceito, o padre se posicionou sobre os comentários do amigo e disse que não vai defendê-lo
atualizado
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O padre Fábio de Melo se pronunciou sobre os comentários racistas do guia turístico dos famosos Rodrigo Branco. Segundo Branco, Maju Coutinho só está na televisão “pela cor” e votar em Thelma, do BBB20, “é racismo.
Em seu Twitter, nesta quarta-feira (1º/4), o padre publicou um vídeo onde Babu Santana dá uma aula sobre preconceito.
“Não acompanho o jogo. Sei pouco sobre os candidatos. Não tô aqui fazendo torcida pra ninguém. Quero apenas, com muita humildade, oferecer meu lugar de fala ao Babu. Em poucos minutos ele nos recordou que precisamos resinificar o que dizemos. A mim sempre incomodou o simbólico negativo que atribuímos ao conceito de negro. Mas eu quero e preciso evoluir”, legendou o religioso.
Não acompanho o jogo. Só tenho vagas informações sobre os candidatos. Não tô aqui fazendo torcida pra ninguém. Quero apenas, com muita humildade, oferecer meu lugar de fala ao Babú, esse preto retinto que, em poucos minutos, nos recordou que precisamos ressignificar o que dizemos https://t.co/XumnzQ7IUY
— padrefabiodemelo (@pefabiodemelo) April 2, 2020
Fábio completou dizendo que Rodrigo Branco é um irmão para ele, mas não iria defendê-lo: “A sua fala me estarreceu. Eu não costumo colocar meu senso de justiça no bolso para defender os que amo. Quando tive um familiar preso por roubo, eu assumi a defesa de quem foi roubado. Rodrigo é um irmão que a vida me deu. Mas não assumo sua defesa. Não compactuo com o que ele disse. Mas não o abandono, pois sei que ele jamais me abandonaria”.
Padre Fábio encerrou defendendo Maju e Thelma, dizendo que são mulheres grandiosas, mas não por conta da cor.
“Eu estou muito triste com o acontecido. E queria que tudo isso nos ensinasse. Pode ser que você também tenha algo a ser corrigido na mentalidade e suas expressões. Apresse-nos. Para que ataques como o do Rodrigo não se repitam. Para que a luz dos pretos nos livre da cegueira de nossa claridade”, finalizou o padre.