“Estou me sentindo mais bonita e gostosa”, diz Ludmilla em entrevista
A cantora conversou com a revista Quem sobre autoestima e racismo
atualizado
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Ludmilla avançou muito nos últimos anos, tanto na carreira quanto na vida pessoal. A funkeira, que virou fenômeno e emplacou diversos hits, se abriu em uma entrevista com a Quem e falou sobre suas inseguranças e racismo.
Apesar do jeito confiante no palco, a cantora revelou ter várias questões com a aparência. “Se vou postar uma foto no Instagram, fico olhando para aquela foto mais de duas horas, reparando e perguntando para todo mundo o que acham. Sou a pessoa mais insegura do planeta Terra”.
A funkeira falou também como se sentia há alguns anos. “Não conseguia ser sexy e sensual porque me achava feia demais. Não gostava de mim. Eu me achava muito esquisita. Agora estou me sentindo mais bonita e mais gostosa”, afirmou.
O racismo sempre esteve presente na trajetória de Ludmilla. “(Quando mais nova) quis pintar de loiro. Daí começaram a falar que eu estava parecendo um mico-leão-dourado. Eu falava: ‘Vou usar o meu cabelo assim mesmo. Se gostou, gostou. Se não gostou, morre que passa, meu amor'”, lembrou aos risos.
Agora, ela se sente satisfeita em servir de exemplo para outras meninas negras. “Uma vez a Giovanna Ewbank me contou uma história da qual jamais me esqueci. A Titi (filha da apresentadora) não queria ir à escola por causa do cabelo. Daí, a mãe dela mostrou uma foto minha e falou: ‘O cabelo da Ludmilla é igual ao seu. Você não acha a Ludmilla bonita?’. Ela respondeu que ‘sim’ e foi convencida a ir para a escola. Então, fico bem feliz com isso”.
“Quando posto meu carro e as roupas de grife, faço para mostrar que o negro também pode ter isso”, disse. “No mundo em que a gente vive, têm algumas pessoas que não aceitam que existe, sim, negro bem de vida, estabelecido financeiramente e com poder. Tem gente que acha que o negro nunca vai poder chegar em algum lugar. Quero mostrar o contrário”.