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Esposa de Bruce Willis escreve livro para falar sobre demência do ator

Emma Heming Willis está produzindo um guia de cuidados baseado na experiência ao lado de Bruce Willis, que sofre com demência frontotemporal

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Bruce Willis e a esposa Bruce Willis e Emma Hemming em foto colorida - Metrópoles
1 de 1 Bruce Willis e a esposa Bruce Willis e Emma Hemming em foto colorida - Metrópoles - Foto: Instagram/Reprodução

A esposa de Bruce Willis está escrevendo um livro baseado na experiência vivida ao lado dele após o diagnóstico de demência frontotemporal. Emma Heming Willis trabalha em um guia de cuidados, combinando histórias pessoais com entrevistas e conselhos de especialistas.

“Identificar os recursos certos para me educar e me esclarecer tem sido poderoso e me deu espaço para continuar avançando da maneira mais positiva para eu ser a melhor mãe, mulher, filha, amiga e parceira de cuidados. Quero poder compartilhar isso com a próxima pessoa que estiver aqui”, afirmou ela em comunicado.

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O ator é filho de um norte-americano e uma alemã que se conheceram após o fim da 2ª Guerra Mundial. Fugindo das consequências que a Alemanha derrotada enfrentava, Bruce e os pais foram morar nos Estados Unidos
Willis teve o primeiro contato com os palcos na escola, quando integrava o grupo de teatro da instituição. Após se formar, não encontrou boas oportunidades de emprego e precisou trabalhar em uma usina nuclear em Salém, onde desenvolveu pneumonia e, como consequência, precisou ser hospitalizado por um longo período
Tempos depois, tendo certeza do que queria, juntou dinheiro e pagou o curso de interpretação do Programa de Teatro na Montclair State University. Bem-humorado e popular, não demorou muito para que o ator conquistasse notoriedade
Bruce Willis era gago, mas conseguiu resolver a situação após se matricular no programa de teatro. Talentoso, o ator participou de várias peças até conseguir uma oportunidade para estrelar a série A Gata e o Rato, em 1985, ao lado da atriz Cybill Shepherd
Durante a gravidez de Cybill Shepherd, e uma pausa na série de TV, Willis agarrou a oportunidade de protagonizar o filme Duro de Matar, que se tornou um verdadeiro fenômeno

“A demência não afeta apenas o seu familiar, mas pode abalar a estrutura de toda uma família e de si mesmo, se você permitir”, disse Emma. O lançamento da obra está previsto para 2025.

Entenda a doença que acometeu Bruce Willis

A família de Bruce Willis informou que o ator foi diagnosticado com demência frontotemporal (DFT). Em 2022, foi anunciado que ele se aposentaria depois de um diagnóstico de afasia (dificuldades na fala), que evoluiu para o quadro atual.

“Infelizmente, desafios com comunicação são apenas um sintoma da doença que Bruce enfrenta. Enquanto isso é doloroso, é um alívio finalmente chegar a um diagnóstico claro”, afirmam os familiares do ator.

De acordo com o Manual MSD, cerca de metade das DFTs são hereditárias. Os principais efeitos da doença são mudanças na personalidade, comportamento e linguagem — apesar de alguns casos terem perda de memória, o sinal não é tão comum quanto no Alzheimer, outro tipo de demência.

O paciente tem dificuldade no raciocínio abstrato e na atenção, responde perguntas de maneira desordenada, torna-se impulsivo, perde as inibições sociais e negligencia a higiene pessoal. O comportamento torna-se repetitivo e estereotipado e há redução da expressão verbal, com repetição excessiva de algumas palavras.

Muitas pessoas com DFT têm, como Willis, diagnóstico de afasia, quando há redução da fluência, dificuldade de compreensão da linguagem e hesitação — este pode ser o único sintoma antes do diagnóstico em alguns pacientes.

É possível que o indivíduo tenha, com o avanço da doença, atrofia muscular generalizada, fraqueza, fasciculações e dificuldade para mastigar — por isso, pode ter risco de pneumonia por aspiração e até morte prematura. A condição é irreversível.

“DFT é uma doença cruel que muitos de nós nunca ouvimos falar e que pode atingir qualquer um. Para pessoas com menos de 60 anos, DFT é a forma mais comum de demência, e como o diagnóstico pode levar anos, a DFT é provavelmente muito mais dominante do que sabemos.”

“Atualmente, não há tratamentos para a doença, uma realidade que esperamos poder mudar nos anos à frente. À medida que a condição de Bruce avança, esperamos que qualquer atenção da mídia possa se concentrar em iluminar esta doença que precisa de muito mais conscientização e pesquisa”, diz o comunicado da família de Willis.

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