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Espancada e vítima de transfobia: modelo faz forte relato nas redes

Sumé Yina afirma que foi agredida por um motorista de aplicativo e que foi vítima de transfobia quando chegou ao hospital para ser atendida

atualizado

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Sumé Yina
1 de 1 Sumé Yina - Foto: Reprodução

A modelo Sumé Yina usou as redes sociais e fez um forte relato afirmando que foi agredida por um motorista de aplicativo em São Paulo por ser uma pessoa transgênero. Ela criou coragem para fazer o desabafo para alertar sobre vulnerabilidade das pessoas trans.

“Por dias venho buscando entender se devia compartilhar o que aconteceu comigo e agora que consigo mover de novo meus dedos escrevo sobre a violência brutal que eu sofri. Me dói a carne dizer que fui mais uma vítima de transfobia, fui espancada, tive meus ossos quebrados e fui colocada no maior lugar de vulnerabilidade em que já vivi”, disse.

“Fui agredida por um motorista após um abuso sexual, mais um dos inúmeros que já sofri, e espancada. Vi meu corpo jorrar sangue por todos os lados, me senti sedada, imóvel a tamanha a violência, no fim não sentia meus braços que já estavam inchados e quebrados por eu defender como eu pude a minha vida. Sofri transfobia no hospital assim como em todos os setores em que vivencio, pois essa é a realidade das pessoas trans nesse mundo, da arte à moda, as pessoas cisgêneras não se esforçam em serem respeitáveis e atentas conosco”

Após publicar uma foto com o braço quebrado e o corpo machucado, a modelo falou sobre a recuperação e agradeceu pelo carinho e cuidado de outras amigas trans, afirmando que apenas se sente compreendida e respeitada por outro corpo trans.

“Nesses primeiros dias pós-acontecimento eu só conseguia dormir, sem vontade de viver, sentimento em que já lutamos contra em muitos momentos da vida, pois só nos meus sonhos eu me reconfortava, já que quando eu acordava só me vinha essa situação de dor em mente inúmeras vezes”, disse.

Por fim, desabafou sobre a situação das trans no país. “Por mais que eu acredite na ressignificação de nossas imagens, o que eu luto pra reconstruir, ainda sofremos os mesmos ataques, ainda toda semana uma travesti é espancada até a morte no Brasil. Eu ainda acredito em nossa luta e em nossas conquistas, que estejamos atentas sempre que possível.”

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