Escritora mordida por pit-bulls detalha como foi ataque dos cachorros
Roseana Murray concedeu entrevista ao Fantástico e deixou claro que não pretende parar a carreira de escritora, apenas recomeçar
atualizado
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A escritora Roseana Murray concedeu sua primeira entrevista após ser atacada por três pit-bulls em Saquarema, no Rio de Janeiro, no último dia 5. Ao Fantástico desse domingo (14/4), ela detalhou o ataque e falou sobre recomeçar a vida após perder um braço e uma orelha.
Diretamente do Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Hospital Alberto Torres e sem mostrar o rosto por conta dos ferimentos, Roseana contou que gritou por socorro no momento do ataque, “mas não passava ninguém”.
“Eu saí de casa, os três cachorros estavam na rua e eu pensei ‘eles vão deixar eu passar’. Mas aí, quando eu passei, eles me atacaram ao mesmo tempo. Me derrubaram e foi muito, muito rápido. Eu fiquei gritando por socorro, mas não passava ninguém, porque eu tava indo para academia, às 6 horas da manhã”, contou.
Responsável por mais de 100 livros de poesia e premiada pela Academia Brasileira de Letras (ABL), Roseana deixou claro que não pretende abandonar a carreira, apenas será necessário reaprender a escrever com a mão esquerda.
“Hoje é o melhor dia emocionalmente que eu estou vivendo. De pouquinho em pouquinho, porque vai cicatrizando, porque eu sei que eu vou sair daqui. […] Vou ter que aprender a escrever os meus poemas com a mão esquerda. Mas a vida vai continuar, eu não morri, estou aqui conversando com você. Viver é o milagre que nos guia, é verdade, eu escrevi isso”, completou.
Roseana Murray no Fantástico parte 1 pic.twitter.com/VecsYBaRVd
— WWLBD ✌🏻 (@whatwouldlbdo) April 15, 2024
Homem que salvou Roseana
Também ao Fantástico, o ultramaratonista Eduardo Neves, homem que salvou Roseana dos cachorros, deu detalhes sobre o ataque e como ajudou a escritora a fugir dos animais.
“Quando eu chego próximo eu tô vendo a senhora deitada no chão, três cachorros em cima atacando, mordendo de tudo quanto é jeito, e eu já fui com um cabo de vassoura pedindo para sair e sai e sai, sai, só que os cachorros saíam dela, vinha para cima de mim e eu subia o muro”, contou.
“Aí do nada veio um carro de passeio e o cara jogou o carro em cima dos cachorros”, completou Eduardo.