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Entenda por que Letícia Spiller entrou na Justiça após entrevista sobre Melhem

Atriz alega que suas falas sobre Marcius Melhem foram distorcidas para parecer que ela defendeu o humorista

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Entenda por que Letícia Spiller moveu ação após entrevista sobre Melhem
1 de 1 Entenda por que Letícia Spiller moveu ação após entrevista sobre Melhem - Foto: Reprodução

A Justiça do Rio de Janeiro determinou que o Google retire do ar, no prazo de 48 horas, links com reportagens sobre uma entrevista concedida por Letícia Spiller em dezembro de 2020, em que a atriz comenta as denúncias de de assédio sexual envolvendo o ex-diretor de humor da Globo, Marcius Melhem.

Na entrevista, Letícia diz que as supostas vítima de assédio teriam demorado para fazer a denúncia, contribuindo para que Melhem se tornasse “o cara” diante do público. Letícia também afirma conhecer o ex-diretor e considerá-lo uma pessoa querida e de bom coração.

Após a repercussão da entrevista, Letícia afirmou que diversos meios de comunicação teriam distorcido informações para parecer que ela  estaria defendendo o humorista e que recebeu ataques de ódio em virtude disso.

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Vítimas de Marcius Melhem em entrevista ao Metrópoles
Marcius Melhem durante entrevista ao Metrópoles
Georgina Góes e Veronica Debom
Em março de 2020, a Globo emitiu uma nota afirmando que Marcius seria afastado das suas funções por quatro meses para acompanhar um tratamento da filha no exterior
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Caso Marcius Melhem

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Vítimas de Marcius Melhem em entrevista ao Metrópoles

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Marcius Melhem durante entrevista ao Metrópoles

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Georgina Góes e Veronica Debom

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Em março de 2020, a Globo emitiu uma nota afirmando que Marcius seria afastado das suas funções por quatro meses para acompanhar um tratamento da filha no exterior

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Ao decidir a favor da atriz, o desembargador relator do acórdão, Gabriel de Oliveira Zefiro concordou que Spiller em momento algum defendeu Melhem, tampouco criticou a conduta das possíveis vítimas de assédio.

“Ao contrário, a agravante apenas sinalizou a importância de se denunciar os abusos sexuais o mais rápido possível, justamente considerando a dificuldade de se provarem condutas como essas, que geralmente ocorrem sem a presença de testemunhas, além de haver preconceitos sociais, notadamente de ordem machista, que dificultam a correta elucidação dos fatos”, afirmou.

Caso não cumpra a decisão da 21ª Câmara de Direito Privado, o Google terá que pagar uma multa de R$ 10 mil por hora. Procurado, o Google afirmou que não se manifestaria.

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