Empresa de Gal Costa tem dívida gigante em impostos
A GMC Produções Artísticas, empresa de Gal Costa, conta com uma dívida de R$ 738 mil em impostos
atualizado
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Empresa de Gal Costa, que morreu em 2022, a GMC Produções Artísticas conta com uma dívida de R$ 738 mil em impostos, entre débitos de ISS, Taxa de Fiscalização de Estabelecimentos e previdenciários. De acordo com uma ex-funcionária, a cantora mantinha 90% da companhia, enquanto Wilma Petrillo, viúva da artista, tinha 10%.
O Splash, portal do Uol, teve acesso a detalhes dos débitos, que incluiu Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, da Prefeitura de São Paulo, que somam R$ 549.861,79, sendo R$ 486.633,63 em ISS, e do Tribunal de Justiça do estado. Já o valor de tributos previdenciários chegam a R$ 188.401,79.
Além disso, ainda há duas cobranças sobre taxa de coleta de lixo no Tribunal de Justiça de São Paulo, nos valores de R$ 21 mil e R$ 24 mil. A primeira foi aberta em 2021 e a segunda em 2023. “A Procuradoria-Geral do Município de São Paulo informa que todos os créditos inscritos em dívida ativa são objetos de cobrança, de forma judicial ou extrajudicial”, disse a Prefeitura, ao Splash.
Herança de Gal Costa
Antes de falecer, em novembro de 2022, Gal Costa teria deixado um testamento que não inclui a empresária Wilma Petrillo, sua então companheira. Segundo a advogada, Luci Vieira Nunes, Gal queria proteger o patrimônio do filho adotivo, Gabriel Costa.
Nunes afirma que Gabriel entrou na justiça para contestar a parcela da herança pretendida por Wilma, a quem chamava de madrinha, após “entender o que se passava dentro de casa”. A empresária entrou com um pedido de reconhecimento de união estável com a cantora e aguarda decisão do TJ-SP.
“Gal criou a Fundação Gal Costa e fez um testamento antes da adoção, no qual deixaria seu patrimônio para essa Fundação. Na época, Wilma assinou o testamento como testemunha, sabendo que nada herdaria”, disse a advogada ao Splash, do UOL.
Ela explica que Gabriel teria encontrado os documentos após a morte de Gal, em novembro de 2022. “A vontade de Gal sempre foi proteger o filho, e não deixar herança para Wilma”, esclarece a advogada.
Áudio vazado
O embate entre Wilma Petrillo, viúva de Gal Costa, e Gabriel Costa, filho adotivo da cantora, foi registrado em áudio, divulgado com exclusividade pelo portal Em Off. Nele, a empresária tenta convencer o herdeiro, atualmente com 18 anos, a assinar documento reconhecendo uma dívida da família com a gravadora Biscoito Fino, que teria emprestado dinheiro para Gal.
No áudio, Wilma se irrita após a negativa de Gabriel e afirma que eles podem passar fome. Ela também argumenta que teria herdado 75% dos direitos autorais de Gal e Gabriel, 25%, e que, por justiça, achou melhor dividir meio a meio.
“Você não acredita no que estou falando? (…) Qual o problema? (…) Era 75% para mim e 25% para você, só que não achei justo e dei 50% para você e 50% para mim (…) que sacanagem. Porr* Gabriel, put* que pariu, não vai assinar por quê? (…) Pu*a merd*, só vai fazer merd* (…) Se você não assinar, a gente não recebe o dinheiro e a gente vai passar fome, você não pode fazer isso comigo não, Gabriel”, diz Wilma.
Kati Almeida Braga, dona da gravadora Biscoito Fino, também aparece falando na gravação. Ao O Globo, ela confirmou a procedência da conversa.
Entenda
Na semana passada, veio à tona que Gabriel Costa, filho de Gal Costa, decidiu acionar a Justiça para reivindicar os direitos à herança deixada pela mãe. A intenção dele é questionar uma possível divisão do patrimônio da cantora com Wilma Petrillo, viúva da artista.
A viúva pede na Justiça o reconhecimento de uma união estável com a cantora. Caso concedida, dará a ela o direito a 50% da herança e a administrar o patrimônio artístico da baiana em conjunto com Gabriel.
No processo, baseado no relacionamento que teria vivido com a Gal Costa por 24 anos, ela também solicitou a posição de inventariante do espólio e pediu a guarda de Gabriel. Com 18 anos de idade, Gabriel contratou advogados para realizar sua defesa no tribunal, segundo Mônica Bergamo.
Para a defesa do filho de Gal, Petrillo atuava apenas como empresária da cantora e madrinha do menino, tornando a partilha de bens discutível. A interlocutores, ele afirma querer aproveitar a chegada à maioridade para “agir de acordo com sua consciência, livre de influências”.
Assédio, ameaça e golpes
Em julho do ano passado, Wilma Petrillo foi acusada por ex-funcionários, amigos e parentes da cantora de assédio moral, ameaças e golpes financeiros. De acordo com reportagem da Piauí, assinada pelo repórter Thalys Braga o comportamento ríspido e duvidoso da empresária teria, inclusive, afastado a cantora de amigos e familiares.