Eleições 2018: 12 artistas que se posicionaram politicamente
Como a população brasileira em geral, o meio artístico também se encontra bastante polarizado próximo ao segundo turno
atualizado
Compartilhar notícia
A eleição presidencial com maior polarização dos últimos anos também dividiu opiniões no meio artístico. Anitta, Ronaldinho, Bruna Marquezine e até Roger Waters são alguns dos diversos artistas que já se manifestaram politicamente através das redes sociais recentemente.
Próximo ao segundo turno, confira alguns artistas que já se posicionaram:
Bruna Marquezine
A ex-namorada de Neymar é uma das artistas que aderiram à campanha #Elenão, contra o candidato Jair Bolsonaro. No dia 17 de setembro, a global compartilhou nos Stories do Instagram um texto feito pela atriz e apresentadora Maria Ribeiro com motivos para não votar no político. Após a postagem, a artista recebeu tantos ataques que bloqueou os comentários na rede social.
“1 – Considerar ter uma filha mulher ‘menor’ do que ter um filho homem não é família; 2 – Dizer que preferia um filho morto a um filho homossexual não é família; 3 – Considerar a gravidez um motivo para que as mulheres ganhem menos não é família, até porque muitos lares no Brasil são tocados sem a figura paterna”, dizia o texto postado por Bruna.
Logo após o fim de #brumar, especulou-se que o casal teria terminado por diferenças políticas. Mas o motivo real foi logo divulgado.
Ronaldinho Gaúcho
Um apoiador declarado do candidato do PSL é Ronaldinho Gaúcho. No último dia 6 de outubro, o ex-jogador de futebol publicou no Instagram uma foto em que aparece de costas, vestindo uma camisa da seleção com o número 17, o mesmo de Jair Bolsonaro.
“Por um Brasil melhor, desejo paz , segurança e alguém que nos devolva a alegria. Eu escolhi viver no Brasil, e quero um Brasil melhor para todos!!!”, escreveu na publicação.
Após a declaração do ex-jogador, o Barcelona, ex-time de Ronaldinho, se posicionou oficialmente contra a posição do brasileiro. Josep Vives, porta-voz da equipe, fez um pronunciamento oficial e afirmou que o clube não compactua com o discurso de Bolsonaro. “Nossos valores não coincidem com as palavras que temos escutados desse candidato. De todas as formas, respeitamos a liberdade de expressão, inclusive as palavras de Ronaldinho”, disse.
Anitta
No mês passado, a cantora Anitta se envolveu em polêmica com seus fãs por não ter se manifestado politicamente. No dia 19 de setembro, a artista chegou a comentar em sua conta no Twitter que não iria divulgar seu voto nem se posicionar nestas eleições. A publicação ocorreu após a criação do movimento OpPinkMoney, por membros da comunidade LGBTQ+, para cobrar posicionamento político de artistas que representam esse público, como Anitta.
Com a declaração da cantora, vários fãs passaram a boicotar a artista. A polêmica ainda se estendeu após seguidores perceberem que ela havia curtido publicações de uma apoiadora do candidato Jair Bolsonaro. “Eu não segui um perfil em apoio a nenhum candidato. Segui um perfil de uma amiga de oito anos que finalmente consegui reencontrar e se ela escolheu expor seu voto é um problema dela”, defendeu a cantora no Twitter.
Cinco dias depois das pressões, Anitta foi desafiada por Daniela Mercury a declarar que não apoia o candidato do PSL. Ela publicou um vídeo no Instagram afirmando ser contra o presidenciável e estendeu o mesmo desafio às cantoras Ivete Sangalo, Preta Gil e Claudia Leitte.
“Quero aproveitar essa oportunidade para deixar claro para vocês, de uma vez por todas, que eu não apoio o candidato Bolsonaro. Também quero deixar claro que em momento nenhum eu desmereci a hashatg [#EleNão], eu só quis dizer para vocês que, além de se posicionar com hashtag, a gente pode fazer isso durante a nossa vida. São nossas atitudes que mostram nossa luta contra preconceito, machismo, racismo, homofobia, nossa luta pelas minorias”, afirmou.
Regina Duarte
Regina Duarte é uma das celebridades que têm sido alvo de comentários por causa de suas posições políticas. A atriz, já conhecida por suas críticas ao PT, chegou a confirmar seu voto através de diversas postagens, especialmente por meio de imagens no Instagram em que se afirma anti-PT. Uma publicação postada no último sábado (20/10) diz: “O PT quer te calar pelo Whatsapp. Neste domingo, vem pra rua gritar”.
Neste mês, Regina chegou a aparecer em uma foto ao lado de Bolsonaro, publicada pelo próprio candidato em seu perfil no Instagram.
Pabllo Vittar
Pabllo Vittar foi outra artista que se manifestou contra o candidato do PSL. No dia 31 de agosto, a cantora rompeu com a marca de sapatos do designer Victor Vicenzza, de mesmo nome, devido ao apoio ao político pelo empresário, que passou a seguir e curtir publicações do presidenciável em sua conta no Instagram.
“Não poderei aliar meu trabalho a um discurso que deixa claro não se importar com os direitos humanos de toda comunidade LGBTQIA+, da qual faço parte”, disse Pabllo, nos Stories do Instagram.
Após esse episódio, a cantora ainda chegou a ser considerada pelo BuzzFeed News americano como a principal voz da resistência contra o presidenciável Jair Bolsonaro. “Ela está liderando a resistência contra o Trump do Brasil […] Pabllo mostrou seu apoio ao movimento #EleNão e cortou sua parceria com as marcas que apoiavam Bolsonaro. Ela usou o lançamento de seu álbum novo para dizer às pessoas que não votassem nele. Ela está na linha de frente desse movimento. Nós te amamos”, diz um vídeo publicado nas redes sociais da página.
Zezé Di Camargo
Assim como outros famosos, Zezé Di Camargo usou sua conta no Instagram para declarar apoio a Bolsonaro. No vídeo em que aparece ao lado do candidato, o cantor defende a sua candidatura e diz: “Brasil acima de tudo e Deus acima de todos. E uma coisa pra vocês, não esqueçam isto: a bandeira do Brasil é verde e amarela, não é vermelha, não, gente”.
Marcelo Serrado
Uma celebridade que causou surpresa com seu voto nestas eleições foi o ator Marcelo Serrado. O artista, que ficou bastante lembrado por participar das manifestações a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, manifestou apoio ao candidato do PT, Fernando Haddad, no último dia 13.
“Não sou petista, mas tenho certeza que o ódio não me representa, por isso vou de ‘hamor’”, afirmou em uma publicação nos Stories do Instagram.
Há poucos dias do segundo turno, bombou na internet um vídeo no qual Marcelo deixa claro seu voto no candidato do PT. “Meu total apoio à candidatura de Haddad e Manu neste momento. Em favor da democracia, do amor e do afeto. Acredito que não se trata mais de partidos, quem votou em um ou no outro. A gente tem que seguir juntos e andar de mãos dadas, em favor da democracia e do afeto”, disse.
Iza
A cantora Iza foi outra artista que se manifestou a favor da campanha #Elenão. No dia 16 de setembro, compartilhou em seu Twitter uma imagem em referência ao protesto que usa a hashtag.
No último dia 28 de outubro, a artista lançou o videoclipe da música Dona de Mim, faixa de seu novo álbum de tom político e social. Após a estreia, Iza reforçou seu posicionamento. “Acho lindo que exista esquerda, direita, de frente, para cima e para trás, e nem acho que devemos cobrar posicionamento das pessoas. Para mim, no entanto, certas coisas não são relacionadas à política, mas a direitos humanos. Por isso, eu apoio #Elenão”, disse.
Gusttavo Lima
O cantor Gusttavo Lima foi um dos primeiros artistas a declarar apoio a Jair Bolsonaro em 2018. No dia 22 de fevereiro, o sertanejo publicou um vídeo em que aparece realizando disparos com um fuzil e criticou o Estatuto do Desarmamento do país. “Hoje em dia, no Brasil, só está desarmado o cidadão de bem. Revogação do Estatuto do Desarmamento já… Nossas famílias e nossas casas protegidas”, escreveu, marcando a conta do presidenciável do PSL.
Recentemente, em um show realizado na cidade de Canoinhas (SC) em setembro, o cantor reforçou seu apoio. “Triste o que vem acontecendo, essa violência tão grande no nosso país… o que aconteceu com nosso querido futuro presidente, Bolsonaro […] O único cara que pode mudar isso, vocês sabem quem é. Ele, mais do que nunca, foi uma vítima… quando falam que ele prega não sei o quê, ele é vítima do que ele está tentando combater”, disse, referindo-se à facada que o candidato sofreu, em Minas Gerais.
Daniela Mercury
A cantora Daniela Mercury, bastante engajada em atos e manifestações voltadas às minorias, também se declarou parte do movimento #Elenão. No dia 29 de setembro, data em que ocorreram diversas manifestações contra o candidato por todo o país, ela comandou um trio elétrico em Salvador, em protesto contra o presidenciável, e arrastou uma multidão.
“A gente não pode aceitar uma pessoa que traga ódio e violência para o Brasil. Eu não estou aqui para defender partido algum, estou aqui para defender a nossa vida”, disse a cantora baiana.
Daniela também foi às redes e compartilhou sua posição com relação a Bolsonaro. “Ele não porque ele é machista, ele não porque é homofóbico, ele não porque é racista, ele não porque é um atraso para a nossa democracia”, combateu.
Latino
O cantor Latino também já demonstrou seu apoio pelo candidato do PSL diversas vezes. No último dia 6 de outubro, uma música polêmica compartilhada por ele gerou grande confusão no Instagram e no Twitter. “Eu quero que o PT vá se f*d**, parar de atrasar nosso Brasil, e vai pra p*ta que par***. Onde já se viu? Agora é Bolsonaro na cabeça”, canta no vídeo.
“Eu quero que o PT vá se f*d***. Que venham as críticas… Mas eu tenho a minha opinião formada”, escreveu na legenda da publicação.
Roger Waters
Mesmo não sendo brasileiro, o cantor inglês Roger Waters foi um artista que se destacou fortemente por sua posição política em relação às eleições no Brasil. Em sua turnê Us + Them, ainda em cartaz no país, o ex-Pink Floyd criou grandes polêmicas por causa das manifestações políticas que realizou em seus shows. Na primeira apresentação, em São Paulo, no dia 9, o músico mostrou no telão do palco uma lista de neofascistas que incluiu Jair Bolsonaro.
“Sou contra o ressurgimento do fascismo. E acredito nos direitos humanos. Prefiro estar num lugar em que o líder não acredita que a ditadura é uma coisa boa. Lembro das ditaduras da América do Sul, e foi feio”, argumentou Waters.