Desirrê Freitas era stripper nos EUA a mando de Kat Torres, diz depoimento
Segundo depoimento, Desirrê Freitas trabalhava como stripper todos os dias, de 9h30 às 0h e Letícia Maia se prostituía
atualizado
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A brasileira Desirrê Freitas, uma das mulheres que havia cortado laços com a família após se envolver com Kat Torres, nos Estados Unidos, estava trabalhando como stripper, a mando da guru. A informação é do jornal O Tempo, que teve acesso a um dos depoimentos do caso.
A testemunha responsável pelo relato também alega ter sido vítima de aliciamento por parte da modelo. Ela conta que foi rejeitada como garota de programa depois de conseguir “só US$ 150” no primeiro dia de trabalho, o equivalente a R$ 780. Quando entregou o valor do dia para Kat Torres, a influenciadora e “guru” achou insuficiente e não a designou mais para a função.
Entenda caso de sequestro envolvendo Letícia Maia e Desirrê Freitas
A vítima, então, disse que passou a ser responsável por afazeres domésticos, além de ser motorista e ir às instituições financeiras americanas. Na versão da mulher, a partir de 21 de abril deste ano, ela ficou encarregada de levar Desirré Freitas a um Strip Club de Austin. Era nesse lugar que aa jovem trabalhava todos os dias da semana, de 9h30 até 0h, voltando para a casa “extremamente cansada e abatida”.
Essa vítima disse que também era responsável por recolher o dinheiro que Desirré ganhava como gorjeta e era orientada por Kat Torres a depositar o valor na conta de uma pessoa identificada como Zachary — marido de Kat.
A mulher também relatou ter ouvido a intitulada guru dizer que Letícia Maia “estava no Brasil sendo punida pela voz, obrigada a se prostituir aqui por baixos valores”.
Deportação voluntária
Vinte e oito dias após ter sido presa em local próximo à fronteira dos Estados Unidos com o Canadá, no estado de Maine, por falta de documentação necessária, e levada a uma prisão para imigrantes na Georgia, Desirrê Freitas e Letícia Maia participaram de audiência essa semana e ganharam direito à “deportação voluntária”.
O benefício é concedida em alguns casos quando o imigrante abdica de julgamento e arca com os custos da viagem de volta ao país de origem. As custas do voo devem ser pagas pelas famílias dela. O Metrópoles apurou que ainda não há data definida para o retorno de ambas.
Prisão de Kat no Brasil
Na semana passada, a influenciadora Katiuscia Torres Soares, de 30 anos, conhecida como Kat Torres, foi encaminhada a uma penitenciária em Belo Horizonte, após ser presa nos Estados Unidos no início do mês.
Ela teve pedido de prisão expedido pela 5ª Vara Federal Criminal de São Paulo. Kat é acusada de expor pessoas a condições análogas à escravidão nos Estados Unidos. A decisão foi publicada na última quinta-feira (17/11).
A pena para este tipo de condenação, de acordo com o artigo 149 do Código Penal Brasileiro, é de 2 a 8 anos de prisão e multa por cada crime cometido. Além da prisão, a Justiça Federal ainda emitiu um mandado de busca e apreensão e determinou a quebra do sigilo telefônico dos celulares pertencentes à guru.