Delegado diz que Nego Di “se manifestou de forma debochada” de vítimas
Nego Di foi preso no último fim de semana, enquanto estava na praia de Jurerê Internacional. Ele é acusado de lesar ao menos 370 clientes
atualizado
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O ex-BBB e influenciador Nego Di foi preso no último final de semana na praia de Jurerê Internacional, em Florianópolis (SC). Pouco depois da prisão, a Polícia Civil falou sobre as investigações e citou vídeos em que o humorista debochava das vítimas da loja virtual.
“Há inclusive vídeo em que Nego Di se manifesta de forma debochada brincando em relação às pessoas que não receberam os bens, enquanto se deslocava em carro de luxo, uma Mercedes branca, conversível, chegando em seu restaurante”, declarou Cristiano Reschke, diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana, com sede em Canoas (RS).
Nego Di é preso
Dois dias depois de a esposa ser presa, Dilson Alves da Silva Nego, mais conhecido como Nego Di, foi preso pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul, nesse domingo (14/7).
A prisão preventiva foi decretada pelo crime de estelionato. O ex-BBB é suspeito de causar prejuízos de R$ 5 milhões a, ao menos, 370 clientes. O crime teria ocorrido por meio de uma loja virtual do qual Nego Di era proprietário. Os produtos anunciados, segundo os investigadores, nunca foram entregues.
Investigação da Polícia Civil indica que o dinheiro foi movimentado em contas bancárias ligadas ao humorista em 2022. Anderson Boneti, sócio de Nego Di, também teve prisão preventiva decretada. Ele foi preso em fevereiro de 2023, na Paraíba, mas solto dias depois.
A loja virtual Tadizuera esteve em atividade entre 18 de março a 26 de julho de 2022 e foi proibida de funcionar pela Justiça. Nego Di fazia publicidade para a marca, que vendia produtos abaixo do preço de mercado. Os seguidores do ex-BBB disseram que fizeram as compras, mas nunca receberam os produtos
Nego Di foi alvo de operação que investiga lavagem de R$ 2 milhões
No último dia 12, o ex-BBB Nego Di e a mulher foram alvos de uma operação do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) em Santa Catarina, que investiga a suspeita de lavagem de R$ 2 milhões após a promoção de rifas virtuais ilegais.
Dois veículos de luxo dos investigados foram apreendidos, além de uma arma de uso restrito das Forças Armadas, sem registro.
Ao Metrópoles, a defesa do casal negou as acusações.
Confira a nota na íntegra:
A defesa esclarece que até o presente momento não teve acesso aos autos do inquérito conduzido pelo Ministério Público. Portanto, qualquer divulgação de informações carece de cautela para evitar uma condenação prévia e irreparável à imagem dos investigados.
Esclarecemos ainda que a inocência dos investigados será provada em momento oportuno, conforme o devido processo legal. A defesa reitera a importância do princípio da presunção de inocência e solicita que quaisquer informações sejam divulgadas com responsabilidade e respeito aos direitos fundamentais.