Defesa de Gusttavo Lima se pronuncia após cantor ter prisão revogada
A Justiça revogou a prisão do cantor Gusttavo Lima nesta terça-feira (5/11) e a defesa do cantor falou sobre o assunto
atualizado
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A defesa de Gusttavo Lima se pronunciou após o cantor ter sua prisão preventiva revogada nesta terça-feira (5/11). A decisão da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) foi unânime.
Segundo os advogados, a manutenção do habeas corpus e da revogação da prisão mostra que não existem problemas legais nos contratos do artista e das empresas dele. “Ao final deste processo, não restará nenhuma dúvida da idoneidade de Gusttavo Lima e de suas empresas em todas as negociações feitas para venda de imagem e de bens”, afirmaram ao Portal Leo Dias.
Gusttavo Lima é investigado pela Operação Integration por suposto envolvimento com jogos ilegais e prática de lavagem de dinheiro. Ele teve a prisão preventiva decretada em 23 de setembro, mas revogada no dia seguinte.
Entenda por que a Justiça decretou prisão preventiva de Gusttavo Lima
A Justiça de Pernambuco decretou, em setembro, a prisão preventiva do cantor Gusttavo Lima. A decisão, assinada pela magistrada Andréa Calado da Cruz, afirma que o Embaixador é suspeito de ter ajudado dois foragidos a saírem do Brasil.
Na decisão, que o Metrópoles teve acesso, a magistrada pontua que Gusttavo Lima teria levado José André Rocha, e sua esposa, Aislla Sabrina Rocha, em um avião, para a Grécia. O casal, então, não teria voltado ao Brasil.
“É imperioso destacar que Nivaldo Batista Lima [nome verdadeiro de Gusttavo Lima], ao dar guarida a foragidos, demonstra uma alarmante falta de consideração pela Justiça. Sua intensa relação financeira com esses indivíduos, que inclui movimentações suspeitas, levanta sérias questões sobre sua própria participação em atividades criminosas. A conexão de sua empresa com a rede de lavagem de dinheiro sugere um comprometimento que não pode ser ignorado”, escreveu a juíza.
A magistrada citou a viagem de Gusttavo Lima à Grécia, onde apareceu em fotos com os investigados. Além disso, a aeronave que transportou o cantor poderia ter deixado os dois suspeitos no exterior.
A viagem de Gusttavo Lima para Grécia
“Na ida, a aeronave transportou Nivaldo Lima e o casal de investigados, seguindo o trajeto Goiânia – Atenas – Kavala. No retorno, o percurso foi Kavala – Atenas – Ilhas Canárias – Goiânia, o que sugere que José André e Aislla possam ter desembarcado na Grécia ou nas Ilhas Canárias, na Espanha. Esses indícios reforçam a gravidade da situação e a necessidade de uma investigação minuciosa, evidenciando que a conivência de Nivaldo Batista Lima com foragidos não apenas compromete a integridade do sistema judicial, mas também perpetua a impunidade em um contexto de grave criminalidade”, revela o texto.
“É fundamental ressaltar que, independentemente de sua condição financeira, ninguém pode se furtar à Justiça. A riqueza não deve servir como um escudo para a impunidade, nem como um meio de escapar das responsabilidades legais. A aplicação da lei deve ser equânime, assegurando que todos, independentemente de sua posição social ou econômica, respondam por suas ações. A tentativa de se eximir das consequências legais por meio de conexões financeiras é uma afronta aos princípios fundamentais do Estado de Direito e à própria noção de justiça”, continua a magistrada.
Em seguida, a juíza fala que o casal ficou no exterior. “Ademais, é crucial ressaltar a proximidade entre os foragidos José André da Rocha Neto e Aislla Sabrina Henriques Truta Rocha. No dia 7 de setembro de 2024, o avião de matrícula PS-GSG retornou ao Brasil, após fazer escalas em Kavala, Atenas e Ilhas Canárias, pousando na manhã do dia 8 de setembro no Aeroporto Internacional de Santa Genoveva, em Goiânia. Curiosamente, José André e Aislla não estavam a bordo, o que indica de maneira contundente que optaram por permanecer na Europa para evitar a Justiça”, pontua.
A decisão também determina o bloqueio e sequestro de valores em contas bancárias do cantor.