Débora Nascimento se emociona ao falar de amiga que morreu de anorexia
Em entrevista para o programa “Vai, Fernandinha”, a atriz emocionou a todos ao relembrar as dificuldades do início da carreira como modelo
atualizado
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Débora Nascimento, em entrevista para o programa “Vai, Fernandinha” — previsto parar ir ao ar na sexta-feira (16/6), no Multishow — emocionou a todos ao relembrar as situações difíceis do início da carreira como modelo.
A atriz revelou para Fernanda Souza que depois de tantas críticas por não estar no padrão, chegou a ter um princípio de anorexia. “Eu estava entre as 30, e lembro que teve um jantar. Eles já tinham me falado: ‘Você tem que emagrecer, porque o seu quadril é 91. Não tá rolando’. Eu tinha 15 anos, era jeca. Lembro que me enchi de água, fui comendo devagarzinho, porque estava morrendo de fome… Aí chegou a sobremesa, e eu queria uma colherada apenas. Peguei a colher. Aí veio o moço da agência e tirou da minha mão: ‘Você não pode, você tem que emagrecer'”, recordou Débora.
A mulher de José Loretto, então, se emocionou e foi às lágrimas. “Tem menina que engole algodão, que toma detergente. Uma amiga minha faleceu de anorexia. Eu lembro que a encontrei uma vez e falei: ‘Nossa, como você emagreceu!’. O assunto era como você fez para estar tão magra? Ela dizia: ‘Quanto mais magra fui ficando, mais rica e conhecida fui ficando, mais foco eu fui tendo’. É um ciclo viciante. Ela faleceu, foi notícia. É muito difícil”, recordou.
Fernanda também ficou emocionada com o relato e desabafou. “Quando é que eles vão parar? Você foi induzida a perder essa noção. Pelo amor de Deus, gente!.”
Débora, então, fez uma reflexão sobre seu papel como atriz e sobre ser exemplo para outras meninas. “Se tiver uma adolescente que olhe para mim e diga: ‘Ufa! Eu posso ter o cabelo cacheado, com frizz, posso ter o meu quadril, minha bochecha, minha celulite…’. Uma que possa ter essa referência… Valeu. A vida não é só estar nesse lugar, ter dinheiro, fama. O que é sucesso? É ser conhecida na rua?”, disse. “Ame o seu corpo, não ame o dela. Mulheres, sejam livres.”