Conheça 10 curiosidades sobre a vida e o legado da Princesa Diana
Em 2017 completam-se 20 anos da morte da princesa que teve uma curta, mas significativa, trajetória e ganhou admiradores ao redor do mundo
atualizado
Compartilhar notícia
No dia 31 de agosto de 1997, o mundo ficou em choque com a morte da princesa Diana. Após ser perseguido por paparazzi, o carro de Diana se chocou em um viaduto, em Paris. Ela tinha apenas 36 anos. A tragédia que abalou a família real britânica completa 20 anos este mês. Por isso, Lady Di está recebendo homenagens nas mais diferentes formas.
Os príncipes William e Harry, herdeiros dela, organizaram uma exposição de seus artigos pessoais e também lançaram um documentário para relembrar a trajetória da mãe. Mas além dos eventos oficiais, a imprensa local produziu longas recheados de detalhes picantes da polêmica princesa. O Metrópoles selecionou nesse material as 10 curiosidades que talvez você não sabia sobre a “princesa do povo”
1. Ela ficou traumatizada com o divórcio dos pais
Em abril de 1969, Edward John Visconde Althorp e Frances Ruth Burke Roche, pais de Diana, oficializaram o divórcio. A separação, marcada por brigas e desentendimentos, foi um dos eventos mais traumáticos da vida da princesa, que tinha apenas oito anos.
Por decisão judicial, Diana passou a morar com o pai e os três irmãos. Ao jornalista Andrew Morton, a princesa contou que a infância foi recheada de histórias tristes. “O divórcio me ajudou a ter compaixão por qualquer um que tenha problemas de família”, relembrou.
2. O príncipe Charles namorou a irmã de Diana
De acordo com o livro “Como Eles Se Conheceram”, a irmã mais velha de Diana, Sarah Spencer, apresentou os dois, em 1977. Sarah estava saindo com Charles há cinco meses quando o convidou para um jantar dançante realizado na mansão da família Spencer. Após a refeição, o príncipe se aproximou de Diana pela primeira vez. Percebendo o interesse do namorado na irmã caçula, Sarah interrompeu a conversa.
Em julho de 1980, um casal amigo do príncipe convidou Lady Di para passar o final de semana na residência deles. Por lá, os dois conversaram amenidades e, segundo o autor, “os grandes olhos azuis de Diana amoleceram o coração de Charles”. Só então casal começou a namorar.
3. Diana teve apenas 13 encontros com Charles antes de se casar
Peter Settelen, que ajudava a princesa com aulas de voz, vendeu os direitos autorais de várias fitas reveladoras, nas quais Diana contou alguns segredos.
Embora as gravações tivessem sido feitas para melhorar seus discursos públicos, a princesa também as usou para desabafar sobre crise no casamento com o príncipe. Em um momento confessou ter tido apenas 13 encontros com Charles antes de casar.
Neste ano, o documentário “Princesa Diana: Sua Vida, Sua Morte, A Verdade”, do canal americano CBS também abordou o assunto – diminuindo o número de encontros para 12. Susan Zirinsky, produtora do programa, explicou que pedido de casamento partiu da pressão do príncipe Phillip, pai de Charles.
4. Ela escolheu seu anel em um catálogo de joias
Embora os anéis de noivado da família real sejam desenhados com exclusividade, Diana decidiu quebrar o protocolo. A noiva de 19 anos selecionou um modelo com uma safira oval de 18 quilates cercada por 14 diamantes de um catálogo de joias da marca Garrard. Ou seja, qualquer súdita com muito dinheiro poderia ter um anel igual ao da princesa.
Diana teria se encantado com peça porque a pedra tinha a cor de seus olhos. Agora, o anel está no dedo da duquesa Kate Middleton que anunciou seu noivado com o Príncipe William em 2010.
5. Ela sabia do affair entre o príncipe Charles e Camila Parker Bowles
Semanas antes de se casar, Diana foi apresentada a Camilla Parker Bowles, amiga íntima do príncipe Charles. Aos poucos, a princesa percebeu que o relacionamento entre os dois ia além da amizade. Descobriu, por exemplo, que Charles havia comprado um bracelete para Camila com as iniciais “G & F”, uma alusão aos nomes Gladys e Frankie — apelidos carinhosos dos dois. Diana cogitou a possibilidade de desistir do casamento, mas uma de suas irmãs a convenceu a continuar o noivado, pois “já era muito tarde”.
Numa das viagens oficiais antes de se casarem, a princesa foi vista chorando no aeroporto. Muitos achavam que ela sentiria saudade do marido — ele ficaria fora por cinco semanas — mas na realidade era outra coisa.
“Você se lembra de como eu estava soluçando em um casaco vermelho quando ele saiu no avião para a Austrália? Não tinha nada a ver a partida dele. A coisa mais terrível aconteceu antes disso. Eu estava em sua sala de estudos falando com ele, quando o telefone tocou. Era Camilla. Pensei que seria bom deixá-los e então eu saí. Isso quebrou meu coração”, contou ela ao autor.
6. Ela atribuiu sua bulimia após um comentário maldoso de Charles
De acordo com uma transcrição das fitas do livro de Andrew Morton, nos meses que antecederam o casamento em 1981, Diana começou a ter ataques de ansiedade. “A bulimia começou na semana depois do noivado. Meu marido colocou a mão na minha cintura e disse: ‘Oh, você está um pouco gorda?’ E isso desencadeou algo em mim. Estava desesperada”, comentou.
Depois da cerimônia, Diana ainda enfrentaria muitos problemas com a doença. Em entrevistas pós-divórcio, ela revelou que a vida com Charles a deixou em depressão e muitas vezes ela se cortava para aliviar o sofrimento. Depois da gravidez do príncipe William, ela ficou magra em um espaço de tempo muito curto e os jornais começaram a dizer que ela tinha anorexia.
Diana só foi procurar tratamento em 1988 depois que a amiga Carolyn Bartholomew ameaçou contar tudo à imprensa. Segundo Andrew Morton, as crises de bulimia foram diminuindo gradativamente. Ela foi a primeira princesa a falar abertamente sobre bulimia e anorexia chegando a fazer um discurso sobre a questão dos distúrbios alimentares.
7. Diana confortava pacientes com AIDS
Na década de 1980, a Aids aterrorizava o mundo. Mas a princesa foi uma das primeiras pessoas a tentar a acabar com o preconceito em relação à doença. Em 1987, abriu a primeira unidade de HIV / Aids construída pelo Reino Unido que cuidava exclusivamente de pacientes infectados com o vírus, no London Middlesex Hospital.
Em frente à mídia mundial, Diana cumprimentou um paciente que sofria com a doença sem usar luvas, desafiando publicamente a noção equivocada de que o vírus era transmitido pelo toque. Em um único gesto a princesa ajudou a reduzir o estigma e fazer o mundo ter conhecimento sobre a doença. “O HIV não torna as pessoas perigosas. Você pode apertar a mão deles e dar-lhes um abraço. Deus sabe que eles precisam”, disse ela.
8. Ela não queria seguranças
Diana acabou declinando proteção real após seu divórcio. “Ela não queria mais viajar com um guarda-costas, sentiu que poderia fazer tudo sozinha”, revelou Andrew Morton. “A princesa não gostava da presença dos seguranças porque havia sempre alguém escutando as suas conversas”. A decisão, entretanto, facilitou o acesso dos paparazzi a sua vida.
Ken Wharfe, o guarda-costas da princesa, aponta em seu livro de memórias a falta de segurança como o principal motivo da morte de Diana. Ele acha inadmissível o fato de terem a deixado entrar em um carro conduzido por um motorista bêbado.
“Nosso departamento cuidou de sua segurança pessoal por cerca de 15 anos. A equipe de Fayed, pai de Dodi, o namorado da princesa, estava encarregada de sua segurança há apenas oito semanas antes de morrer”. O único sobrevivente do acidente é o guarda-costas Trevor Rees-Jones, que o Wharfe diz não ter recebido o treinamento necessário para proteger um membro da família real.
9. Ela achava as suas roupas antigas horrorosas
Há 10 anos, 79 vestidos da princesa Diana foram a leilão na Christie, em Nova York. Em seu livro “Diana: The Last Word”, Simone Simmons, (uma espécie de conselheira espiritual de Diana) disse que a princesa meneava com a cabeça ao ver as peças, dizendo: “Como eu pude ter usado algo assim?”. Muitas peças eram pensadas de acordo com a aprovação da família real.
No total, o leilão arrecadou US $ 3,26 milhões para serem distribuídos entre organizações que combatem a Aids e o câncer.
10. O último trabalho de caridade da princesa
Talvez o trabalho de caridade mais amplamente divulgado de Diana tenha sido sua visita a Angola em janeiro de 1997, quando ela se juntou a Cruz Vermelha Britânica contra as minas terrestres, arrecadando U$ 1,6 milhão para a causa.
Ela foi confortar os sobreviventes de minas em hospitais, visitou projetos executados pela Halo Trust, e assistiu a aulas de conscientização da população sobre os perigos das minas remanescentes em casas e aldeias. Seu interesse pela causa foi focado nas lesões que elas criavam em crianças muito depois de conflitos civis terem terminado.
Em uma de suas visitas aos hospitais, as crianças não tinham ideia de quem ela era. Uma menina em uma situação grave e com os órgãos expostos chamou a atenção da princesa que ficou com ela por uns momentos. Depois que ela foi embora, a menina perguntou a uma das voluntárias da Cruz Vermelha se Diana era um anjo. A menina morreu poucas horas depois.
Em reconhecimento a seu trabalho filantrópico, os representantes das instituições de caridade com a qual Diana trabalhou durante sua vida foram convidados a andar atrás de seu caixão com a família do Palácio de St. James a Abadia de Westminster no dia do seu funeral.