Claudia Leitte revela assédio aos oito anos: “Nunca vou esquecer”
A cantora Claudia Leitte lembrou um caso de assédio que viveu junto com a mãe dentro do transporte público quando ainda era criança
atualizado
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Claudia Leitte revelou que foi vítima de assédio quando tinha apenas oito anos. A cantora estava acompanhada da mãe dentro de um ônibus e contou que nunca vai esquecer o caso, mesmo que fosse muito pequena quando aconteceu.
“É uma cena que não sai da minha cabeça. Eu e a minha mãe no ônibus, ela me levava para a escola, tinha uma rotina. Eu via muitas coisas acontecendo. Mas uma, mesmo eu muito jovem nunca esqueci”, começou a artista durante uma participação no Encontro desta quinta-feira (30/3).
A cantora explicou que a mãe a sentava no banco e a envolvia com as mãos, como uma forma de proteção. Como ela estudava pela manhã, sempre pegava o fluxo intenso do horário de almoço com ônibus cheios.
“Um cara encheu o saco da minha mãe de modo muito intransigente, que me assustou profundamente e eu nunca me esqueci da expressão dele. Não bastasse todo aquele constrangimento, ele olhou para mim e disse: ‘Chama ela aí’. Eu nunca me esqueci disso, eu morri de medo. Eu lembro o pavor que eu senti”, lembrou.
Além de Claudia Leitte
Ela aproveitou a história para elogiar uma das convidadas do programa, Daiane Silva Costa, que percebeu o momento em que foi assediada dentro de um ônibus em Belo Horizonte (MG) na última terça-feira (28/3). A mulher teve o bumbum fotografado por um homem, mas viu e o confrontou ainda dentro do veículo.
“A atitude da Daiane foi muito corajosa, porque a minha foi de me esconder. A gente sente vergonha. Eu devia ter uns oito anos, Patrícia, mas eu nunca vou esquecer! A gente passa por várias situações e a gente aprende a se esquivar. A gente se esconde, a gente se omite”, compartilhou.
Claudia Leitte enfatizou ainda que é necessário que as mulheres se apoiem e cobrem punição para casos de assédio. “Você tocar nesse assunto agora junto com a gente aqui fortalece, a gente sabe que é um passo que a gente precisa dar. É importante pelas mulheres de amanhã. Eu era uma criança quando passei por isso com a minha mãe. Não é só desrespeitoso, é mais do que isso: é invasivo, é triste, dói. Me dá tremor na alma.”