Cissa Guimarães repudia soltura de envolvido na morte de seu filho
Roberto Bussamra, pai do responsável pelo atropelamento de Rafael Mascarenhas, filho de Cissa Guimarães, passou para o regime aberto
atualizado
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Cissa Guimarães repudiou a concessão de regime aberto para Roberto Bussamra, pai de Rafael Bussamra, envolvido no atropelamento e morte de Rafael Mascarenhas, filho da apresentadora.
Roberto Bussamra foi condenado por pagar propina a policiais militares que estiveram na cena do atropelamento de Rafael Mascarenhas, na tentativa de evitar a prisão em flagrante do filho dele, que também foi condenado pelo crime.
Ao portal Leo Dias, Cissa desabafou: “Repudio veementemente a forma como o pai, que praticou corrupção, não prestou socorro ao meu filho, está cumprindo a pena.”
“Sei que ele foi para casa de tornozeleira [eletrônica], mas queria mesmo que ele cumprisse a pena na prisão”, completou a apresentadora do Sem Censura, programa da TV Brasil.
Entenda o caso
O benefício a Roberto foi concedido pela Justiça após manifestação favorável do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), por ele preencher, de acordo com a Lei de Execução Penal, os requisitos para a concessão e ter cumprido um sexto da pena.
Conforme a decisão, Roberto passará a cumprir a pena em regime aberto e ficará monitorado por tornozeleira eletrônica e deve ficar em casa no horário das 22h às 6h. Ele não poderá sair aos sábados, domingos e feriados.
Roberto também não pode se ausentar do estado do Rio de Janeiro sem autorização judicial ou transferir residência sem autorização da Vara de Execuções Penais. Ele deve ainda comparecer em juízo trimestralmente para assinar um boletim de frequência.
Morte de Rafael
Rafael Mascarenhas foi atropelado no Túnel Acústico – rebatizado, depois, como Túnel Acústico Rafael Mascarenhas, na Gávea, Zona Sul do Rio, no dia 20 de julho de 2010. A via estava fechada para o tráfego de veículos e Rafael andava de skate durante a madrugada quando foi atingido.
O primeiro julgamento do caso aconteceu em 2015, quando pai e filho foram condenados. Os dois recorreram da decisão e, no ano passado, não coube mais recurso.
Dos 12 anos e 9 meses a que estava condenado inicialmente, Rafael Bussamra foi condenado a cumprir 3 anos e 6 meses pelo crime de homicídio culposo, sem intenção de matar.
Condenado de forma inicial a 8 anos e 11 meses, Roberto Bussamra foi condenado a cumprir 3 anos e 10 meses por corrupção, por corromper policiais militares que estiveram na cena do atropelamento.