Caso Choquei: PCMG indicia autora de mensagens de ódio contra Jéssica
A Polícia concluiu as investigações em relação à morte de Jéssica e identificou a autora de mensagens de ódio
atualizado
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A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu as investigações em relação à morte de Jéssica Vitória, que acabou tirando a própria vida no dia 23 de dezembro de 2023, após ser alvo de ataques decorrentes de notícias falsas, publicadas pelo perfil Choquei, sobre um suposto romance com Whindersson Nunes. A corporação identificou a pessoa por trás das mensagens de ódio que levaram a jovem, de 22 anos, ao suicídio.
A Delegacia de Homicídios da 4ª DRPC, localizada em Araguari (MG), conduziu a investigação e identificou uma jovem de 18 anos, residente na cidade de Rio das Ostras, no Rio de Janeiro, como autora dos ataques.
Confira o vídeo da coletiva:
🚨URGENTE: Após as investigações, a Polícia Civil de Minas Gerais identificou a origem das notícias falsas envolvendo a jovem Jéssica Canedo e o humorista Whindersson Nunes, apurando que a própria jovem foi a responsável pela divulgação do conteúdo a algumas páginas de fofoca,… pic.twitter.com/1Owlv4QdgD
— CHOQUEI (@choquei) March 6, 2024
Origem dos prints falsos
Em coletiva de imprensa na manhã desta quarta-feira (6/3), a Polícia Civil afirma também que foi constatado que Jéssica seria a responsável pela divulgação dos prints que mostravam conversas falsas com Whindersson Nunes.
Ainda de acordo com a corporação, a narrativa teve início por iniciativa da própria Jéssica, que, através de perfis falsos, buscou páginas de fofoca que divulgariam os prints criados por ela.
Caso Choquei
Até a conslusão do inquérito, o proprietário da página Choquei, vinha sendo responsabilizado por ter repercutido a suposta conversa entre Jéssica Vitória e Whindersson Nunes.
No dia 28 de dezembro, após prestar depoimento à polícia, o perfil resolveu emitir uma nova nota sobre a morte da jovem.
“O perfil Choquei lamenta profundamente o ocorrido com Jéssica Vitória Canedo e se solidariza com sua família. Informamos aos seguidores que, em sinal de respeito pelo trágico acontecimento, as redes da Choquei estavam paralisadas até este momento”, começou a postagem.
Em seguida, o perfil deu detalhes sobre o depoimento: “Nesta quinta-feira (28/12), o proprietário do perfil Choquei prestou esclarecimentos à Polícia Civil de Minas Gerais e apresentou fatos e documentos que contribuem para elucidar o episódio e dar a real dimensão do papel da Choquei no caso”.
E continuou, dado detalhes sobre as provas apresentadas: “Foram fornecidas provas sobre o fato gerador da notícia falsa — que foi publicada originalmente por um outro perfil e republicada posteriormente pela Choquei — e foram disponibilizadas imagens de diálogos que mostram os procedimentos adotados assim que a falsidade foi descoberta, como a retirada imediata do conteúdo falso republicado”.
Logo depois, a página afirmou que estava passando por mudanças: “Neste momento, a Choquei passa por um profundo processo de reavaliação interna dos métodos adotados, visando a implementação de filtros e códigos de conduta para evitar que episódios dessa natureza voltem a acontecer.”