Britney Spears finalmente revela lado vilão de Justin Timberlake
A Mulher em Mim, biografia de Britney Spears, traz o lado da Princesa do Pop na batalha pública que é sua vida
atualizado
Compartilhar notícia
Nos últimos anos, poucos popstars estiveram tão em evidência sem lançar nada (nem mesmo coleções de roupa) como Britney Spears. Apesar do hiato, a vida da Princesinha do pop seguiu sendo alvo de debate de fãs, tema de documentários e reportagens. Mas uma voz faltava ser ouvida: a da própria artista, que agora traz a biografia A Mulher em Mim (Buzz Editora).
Quando a imprensa passou a receber partes do livro de 280 páginas, algumas informações surgiram. Talvez a mais impactante fosse a revelação da artista do aborto realizado a pedido de Justin Timberlake, seu namorado à época. Com a repercussão, o ex-NSync teria manifestado o desejo de que Britney não trouxesse o passado à tona.
Somente do ponto de vista de Justin Timberlake não mexer nessas gavetas poderia ser algo bom. Afinal, até o lançamento do livro, sempre foi o cantor de Cry Me a River que esteve no controle da narrativa de seu relacionamento com Britney Spears, encerrado em 2002, mas que sempre foi alvo de músicas, entrevistas e comentários por parte do astro.
Britney, então, resolveu expor, ainda que tardiamente, o seu lado nessa história e colocou Justin Timberlake no papel de vilão que ele sempre refutou. O episódio do aborto, realizado em casa, sem assistência médica, enquanto o seu então namorado tocava violão para “acalmá-la”, é o ápice de uma série de comportamentos ruins do ex-NSync.
Britney Spears x Justin Timberlake
Segundo a cantora de Toxic, Justin Timberlake sempre foi tóxico (perdão, mas o trocadilho aqui era inevitável). Justin, no clipe de Cry Me a River, representa a traição de Britney – que de fato aconteceu, a cantora ficou com o coreógrafo Wade Robson e admite isso no livro. Porém, ele não contou sobre as diversas vezes em que esteve com outras mulheres durante o relacionamento com a Princesinha do Pop.
Certa vez, Justin falou para um membro da equipe de Britney: “Fiquei com aquela garota ontem”. Mas, publicamente, ele era o rapaz que topava usar uma roupa toda de jeans e que foi cruelmente largado pela “namoradinha da América”.
Britney, aliás, foi apresentada muitas vezes pelo olhar de Justin. Após o término, ele comentou sobre a vida sexual dos dois – a artista era vendida como uma menina virgem para o público –, nunca hesitou em fazer comentários negativos sobre a carreira dela, ou falar como “era estar dentro” da artista.
Ao dar voz ao quanto isso a magoou e a prejudicou, Britney expõe suas falhas ao mesmo tempo em que se dá ao direito de falar que, para ela, o vilão da relação é Justin.
Outras revelações do livro
Não é só de Justin Timberlake que vive a biografia Mulher em Mim. O livro é um relato cru e verdadeiro da vida da popstar, que, na virada do século, era o modelo para muitas adolescentes.
Britney começou a beber aos 13 anos, fuma desde a juventude, perdeu a virgindade aos 14, enfrentou problema com medicamentos e sempre teve uma relação complicada com a família. Mas, publicamente, só se via a menina perfeita que… de repente, não era mais assim tão perfeita.
A crise de 2007, o rompimento familiar e a luta pelo fim da tutela paterna (o já famoso #FreeBritney) estão nas páginas do livro, mas não configuram exatamente uma novidade – afinal, o tema foi alvo de centenas de reportagens e, ao menos, dois documentários.
Nesse contexto, o desfecho da relação com Kevin Federline é, das batalhas públicas de Britney, a que ganha mais revelações na biografia. A cantora acusa o ex-marido de omissão quando ela sofria de depressão pós-parto e de ter se deslumbrado com a fama – que, em grande parte, foi dada por ela.
A briga pública com Kevin pela guarda dos filhos teria sido, segundo a cantora, o principal gatilho para a série de confusões e barracos que se envolveu em 2007. Por fim, o livro é o relato da artista, que está afastada dos pais, dos filhos e vive um novo divórcio.
P.S.: os fãs do pop ganharão, no livro, um afago em meio a um certo caos. Britney defende Blackout, seu disco que mais dividiu opiniões.