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Bárbara Paz se assume como pessoa não-binária: “Sou muitas coisas”

Atriz e cineasta fez revelação durante entrevista ao podcast Almasculina

atualizado

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Barbara Paz em foto preto e branco com uma câmera - Metrópoles
1 de 1 Barbara Paz em foto preto e branco com uma câmera - Metrópoles - Foto: Divulgação

A atriz e cineasta Bárbara Paz revelou que se reconhece como pessoa não-binária, ou seja, não se identifica dentro dos gêneros masculino ou feminino. A artista contou como foi o processo de se descobrir em entrevista ao podcast Almasculina.

“Sou uma pessoa inquieta. Uma mulher, um homem, não-binária. Descobri que sou não-binária há pouco tempo. Um amigo meu falou que eu era, e eu acreditei, entendi”, começou ela.

E completou: “Sou uma pensadora, uma diretora, uma cineasta, uma atriz, uma pintora, uma escritora. Nas horas vagas a gente tenta tudo com as mãos, com a cabeça, com o cérebro e com a imaginação”.

No entanto, Bárbara afirmou que o processo de autoconhecimento ainda não acabou. “Não sei bem quem eu sou. Se tiver alguma referência para me dizer quem eu sou, ainda estou em busca. Sou muitas coisas. Sou muitos, muitos, muitas. É difícil dizer quem você é para se apresentar. Sou uma pessoa de fazer o que tenho dentro, o que não é pouco”, disse.

4 imagens
Bárbara é atriz e cineasta
Ela em Babenco
Supla e Bárbara Paz na Casa dos Artistas

Ainda no bate-papo, a artista contou sobre os momentos em que questionou sua identidade. Segundo o seu relato, as suas principais referências masculinas foram os médicos que cuidavam de sua mãe, que acabou morrendo quando ela tinha 17 anos.

“Eu acho que eu fui o homem da casa. Mesmo sendo criança, eu me sentia responsável por cuidar da casa. Sempre tive cabelo curto, fui muito magra. Não tinha tênis, tinha um Kichute. Eu tinha que usar um vestidinho para agradar à minha mãe. Só que eu detestava aquele vestidinho amarelinho. Sempre quis agradar muito. Então, eu era metade menino, metade menina”, lembrou.

Por fim, a cineasta deixou em aberto o pronome que prefere se referir. “Então, gosto de ser menino e de ser menina. Pode? Hoje pode! Então hoje chama não-binário? Isso! Nossa, que legal! Então, está tudo certo eu falar isso? Não. Então, cada vez mais a gente consegue respirar e ser a gente. E isso não tem a ver com sexualidade, se gosto de mulher ou de homem. Gosto de pessoas”, encerrou.

Veja o programa abaixo:

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