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Artistas criticam Reynaldo Gianecchini como protagonista de Priscilla

Drag queens criticaram a escalação do ator, que não tem muita afinidade com o tema e afirmou que se inspirará em Xuxa para o papel

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Reynaldo Gianecchini como Priscila, a Rainha do Deserto - Metrópoles
1 de 1 Reynaldo Gianecchini como Priscila, a Rainha do Deserto - Metrópoles - Foto: Reprodução

A escolha de Reynaldo Gianecchini para viver Tick/Mitzi em Priscilla, a Rainha do Deserto, uma das histórias mais importantes do universo drag, tem desagradado artistas do segmento, que criticam a pouca afinidade que o ator tem com o tema.  Gianecchini, inclusive, já declarou que irá se inspirar em Xuxa Meneghel para o papel.

“Vem crescendo esse interesse em contar as histórias de pessoas trans, drags, travestis. Mas em vez de chamar essas pessoas para narrar suas histórias, chamam pessoas como Reynaldo Gianecchini, que pouco se comprometem, pouco se posicionam, que têm mais passabilidade nos meios onde o dinheiro circula”, criticou a drag Sara, da dupla Sara e Nina, à Folha de S. Paulo.

O ator Fagner Saraiva, que faz a drag Papona, avalia que falta compromisso das grandes produções com o passado de exclusão de artistas drags.

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Reynaldo Gianecchini foi diagnosticado com linfoma não Hodgkin em 2011
Reynaldo Gianecchini
Gianecchini adota visual com fios brancos e faz sucesso nas redes sociais
Gianecchini foi casado com Marília Gabriela
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Reynaldo Gianecchini foi diagnosticado com linfoma não Hodgkin em 2011

Reynaldo Gianecchini critica influenciadores sem profissionalização durante entrevista a Gabriela Prioli na CNN Brasil (Reprodução: Instagram)
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Gianecchini adota visual com fios brancos e faz sucesso nas redes sociais

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Gianecchini foi casado com Marília Gabriela

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“Precisamos repensar a prática midiática, precisamos falar das que vieram antes. A arte drag tem tomado uma grande repercussão depois de RuPaul, porém é necessário reverenciar as que abriram o caminho, que trouxeram esta arte como uma linguagem específica para nossa luta LGBTQIAPN+. As produções contemporâneas precisam ter um compromisso com isso, para que o apagamento histórico que está curso não se propague mais”, alertou Fagner à Folha.

Saraiva, contudo, elogia a convocação de alguns nomes reconhecidos na cena. “Verónica Valenttino é um nome forte neste debate sobre ocupação dos espaços por direito, uma travesti nordestina que desbrava São Paulo e coloca sua identidade nas obras, fugindo do padrão eurocêntrico. Assim como a escolha da atriz Wallie. Nestes pontos dá para perceber grandes acertos da produção”, pondera.

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